Esgoto transborda em vila de Gaza e mata seis
As fontes disseram que entre as vítimas estão duas mulheres e quatro crianças, que morreram afogadas com o desmoronamento do poço, que inundou uma região de cerca de quatro quilômetros quadrados.
As vítimas foram levadas para o hospital Shifa, na Cidade de Gaza, segundo o chefe de Emergências do Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mohania Hasanin, que responsabilizou o Exército israelense pelo ocorrido.
O funcionário contou aos jornalistas que soldados israelenses acampados na fronteira de segurança tinham impedido o acesso de técnicos palestinos ao poço para realizarem a drenagem. Quatro casas da aldeia beduína ficaram totalmente destruídas e outras 250 habitações rudimentares sofreram danos com a enchente de águas sujas.
O presidente do Conselho Municipal, Kamel Abu Kayed, disse que se trata do "primeiro desastre ambiental" na região. O ministro do Interior, Hani Kawasmi, chegou ao local para realizar uma inspeção e se reunir com os moradores da aldeia, localizada junto à localidade de Beit Lahia. Porém, o ministro foi recebido com protestos e obrigado a ir embora quando seus guarda-costas foram atacados.
O poço recolhia, com outros dois construídos há mais de quinze anos, os resíduos de esgoto de toda a região, incluindo os do campo de refugiados de Jabalya, com mais de cem habitantes, e os de Beit Hanun.
Projetos para reabilitar os precários poços e tanques de dejetos, cujo perigo de colapso aumentou com o aumento da população, foram adiados devido à suspensão da ajuda internacional aos palestinos. O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, deu instruções ao Exército para que ajude os moradores da aldeia afetada.
A rádio pública israelense informou que Peretz ordenou a transferência dos feridos para hospitais em Israel.
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