Justiça Federal lança campanha em Cáceres para combater tráfico internacional
A Presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Desembargadora Federal Assusete Magalhães, fará o lançamento da campanha intitulada "Justiça em ação no combate ao tráfico internacional de drogas em Cáceres e Região". Neste primeiro momento, a atividade é de natureza preventiva e educativa.
Com da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), serão distribuidos 12 mil folders e 2.400 cartazes em português e espanhol, contendo imagens fortes e dados do tráfico, como forma de esclarecer e prevenir os traficantes em potencial, moradores da região, das conseqüências sofridas pelos condenados por tráfico de drogas. A maior parte dos réus presos por esse crime internacional, em Cáceres e região, apresentam baixo nível escolar e econômico, de acordo com o levantamento do perfil sócio-econômico dos presidiários.
Outra revelação da pesquisa efetuada, é que o tráfico não consiste na sua atividade habitual, ou seja, esporadicamente e para suprir as necessidades básicas, transportam entorpecentes. Inúmeras vezes, usando o interior do próprio corpo como esconderijo da droga. Essas pessoas são chamadas popularmente, de "mulas". Desempregados e garotas de programa integram essa rede.
A primeira fase da campanha, de natureza preventiva e educativa, é destinada, principalmente, aos que apresentam o perfil descrito acima, pois transitam pela região da fronteira com facilidade e representam alvo fácil dos traficantes para condução de quantidades reduzidas de drogas.
Os criminosos, permanentemente, investem nas tentativas de aliciamento desse público. De acordo com os dados levantados em Cáceres, o produtor, o vendedor e o comprador da droga dificilmente são presos. Essas evidências motivaram a Justiça Federal local a desenvolver a campanha, com o apoio do TRF da 1ª Região.
A segunda fase, de cunho preventivo e também repressivo, será implantada pelos órgãos de segurança pública, como o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, e o Ministério Público Federal. A Justiça Federal atuará como articuladora.
Já a terceira fase é de cunho exclusivamente repressivo. Com essas duas fases finais, as autoridades visam antecipar a ação do Estado a dos traficantes, com o monitoramento da área de fronteira seca, estimada em 700 quilômetros, e com o uso de recursos tecnológicos.
A ação, desenvolvida em conjunto pelos órgãos públicos, tem como objetivo, não apenas combater o tráfico de drogas, mas os crimes chamados de "transfronteiriços", dentre os quais o roubo de cargas e de carros, o contrabando e o descaminho.
Comentários