Dólar fecha quase estável a R$ 2,06
Pela manhã, o dólar chegou a subir, num movimento que coincidiu com a queda mais acentuada das bolsas de valores, que reagiram a dados fracos sobre vendas de imóveis nos Estados Unidos. "Saíram números ruins lá nos EUA... e daí juros e bolsas caíram", resumiu o gerente de câmbio da corretora Global Hedging, Rafael Savoia Simão, lembrando que os investidores permanecem atentos à saúde da economia norte-americana. "O pessoal vai esperar Bernanke na quarta-feira e números (da atividade nos EUA) na sexta-feira", acrescentou.
Na quarta-feira, o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, fala ao Congresso sobre as perspectivas para a economia. A semana prevê ainda a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano no quarto trimestre, relatório de renda e consumo pessoal --acompanhado de uma importante medida de inflação, o índice PCE-- e dados do setor manufatureiro.
Nesta manhã, o Departamento de Comércio dos EUA informou que a venda de novas moradias caiu 3,9 por cento em fevereiro, para a taxa anualizada mais baixa em cerca de sete anos, contrariando as expectativas.
Os investidores temem um desaquecimento brusco da economia norte-americana. "O comportamento da economia norte-americana sensibiliza muito o comportamento dos mercados globais, visto que não há clareza sobre a intensidade do desaquecimento econômico e nem da tendência da inflação", comentou Sidnei Nehme, diretor-executivo da corretora NGO em relatório.
"Salvo se ocorrer alguma turbulência muito expressiva no exterior... a tendência da moeda norte-americana no nosso mercado tende a continuar ser de depreciação."
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