Parceria com universidade reduz preço das cadeiras de rodas motorizadas
A substituição de materiais e a mão-de-obra – a cargo dos próprios deficientes físicos – contribuem para o barateamento, segundo o engenheiro mecatrônico Eduardo da Silva Alves, um dos projetistas da cadeira. A principal diferença entre o produto desenvolvido pelo grupo e as cadeiras à venda atualmente, explicou, está na acoplagem de um kit para transformar cadeiras comuns em motorizadas.
Também foram subsituídos por joysticks (controle remoto geralmente usado em videogames) os manches para acionar os movimentos das cadeiras. "Todo o material utilizado foi encontrado no mercado local, por isso também conseguimos baixar o custo da cadeira”, acrescentou, em entrevista ao programa Cotidiano, da Rádio Nacional.
A Adapte procurou a equipe de desenho industrial da UnB com a solitação de desenvolvimento de um modelo mais barato e será responsável pela montagem e comercialização das cadeiras, após capacitação técnica realizada pela equipe de projetistas, que também fornecerá os insumos para a fabricação.
A cadeira já está em teste, pelos associados da Adapte, que vão sugerir melhorias aos projetistas. O presidente da Associação, José Cícero Medeiros Franco, adiantou que deverão ser substituídas algumas placas por outras de alumínio, para reduzir o peso. O metal também será usado na substituição das engrenagens de plástico, para melhorar a tração das rodas.
Segundo Franco, uma cadeira de rodas motorizada custa atualmente cerca de R$ 6 mil no mercado. Já o novo produto deverá ter um custo de R$ 2 mil, o que poderá levar a maior número de deficientes físicos o conforto com o uso do motor: "Com o tempo, o deficiente apresenta desgaste físico nos membros superiores, daí a necessidade da cadeira motorizada".
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