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Nacional
Domingo - 25 de Março de 2007 às 02:31

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Mais de 500 hectares de plantações de eucalipto para produção de celulose, matas nativas e reservas de preservação foram queimados desde sexta-feira no norte do Espírito Santo. O incêndio, distribuído em 98 focos, atinge a propriedade da empresa Aracruz Celulose.

A Polícia Ambiental e o Corpo de Bombeiros estão atuando na região, junto com 200 funcionários da companhia. Dez carros-pipa, dez brigadas de incêndio da Aracruz, um caminhão do Corpo de Bombeiros, cinco viaturas policiais e um helicóptero foram mobilizados para ajudar nos trabalhos.

Os focos de incêndio se multiplicam rapidamente desde ontem, em áreas que tinham sido ocupadas na terça-feira por manifestantes da Associação de Pequenos Agricultores e Lenhadores de Conceição da Barra (Apal-CB). Ontem, os manifestantes tiveram que desocupar a área após a companhia obter um mandado de reintegração de posse.

O gerente florestal regional da Aracruz em Conceição da Barra, José Maria Donatti, suspeita de que os incêndios sejam criminosos, mas afirma que ainda é cedo para afirmar. "A prioridade é controlar o incêndio", diz Donatti.

De acordo com a assessoria de comunicação da Aracruz, somente com a paralisação da colheita de eucalipto durante os quatro dias de invasão, a empresa registrou perdas da ordem de R$ 2 milhões. Aproximadamente 20 mil metros cúbicos de madeira deixaram de ser cortados e 50 máquinas e 200 trabalhadores tiveram que ser retirados da região ocupada. Os prejuízos gerados pelos incêndios ainda não foram calculados.

Na sexta-feira, os manifestantes da Apal-CB chegaram a bloquear a entrada do escritório regional da Aracruz em Conceição da Barra.





Fonte: Terra

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