Embrapa discute gestão e organização de recursos genéticos
Conservadas em câmaras sob temperatura de 20 graus Celsius abaixo de zero, estão guardadas sementes de soja, arroz, trigo e milho, entre outras. O diretor da unidade, José Manuel Cabral, explicou que a gestão desse material acontecerá por meio de uma rede formada por um comitê gestor, com nove membros, responsável pelo planejamento de pesquisas, e por comitês técnicos, criados para acompanhar os estudos com os “grupos de espécies”, como grãos e plantas medicinais.
Integrarão esses comitês técnicos membros da Embrapa, fazendeiros, representantes de cooperativas e produtores de sementes que façam uso dos “grupos de espécie”. Cada comitê, com cinco conselheiros, poderá fazer sugestões e recomendações sobre as pesquisas.
“O comitê técnico poderá recomendar, por exemplo, que se vá colher material para estudo em locais onde existe agricultura familiar, tribos indígenas ou assentamentos", explicou Cabral, acrescentando que até o dia 19 de abril uma reunião com especialistas discutirá as normas de composição dos comitês. Também farão parte da gestão dos recursos genéticos instituições como universidades, instituições de pesquisa, associações de produtores.
Uma das funções da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia é promover e distribuir o conhecimento de tecnologia vegetal, animal e de microorganismos, a fim que promover melhoria da qualidade dos produtos da agropecuária.
“A pesquisa agropecuária busca o desenvolvimento de novas variedades, novos materiais com mais vitaminas, proteínas ou resistentes a insetos e doenças. Para fazer esse melhoramento genético é necessário ter material diferente, o que a gente chama de variabilidade genética”, esclareceu Cabral.
Entre os atendidos pelo banco genético da Embrapa estão os índios da etnia Krahô, do Tocantins. Em 1995, eles buscaram na unidade sementes primitivas de milho, que não possuíam mais.
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