CPI das Armas apontou falhas no controle do armamento nacional
Segundo o relatório da CPI, o Exército, órgão responsável pelo controle da produção e da exportação de armas de fogo, não fiscaliza as armas no trajeto percorrido pelos carregamentos entre as fábricas brasileiras e o comércio ou o porto de exportação. A CPI aponta esse como “um dos maiores responsáveis” pelo desvio de armamento nacional para o mercado clandestino.
Como a Polícia Federal também não tem obrigação de fiscalizar o carregamento de armas saído de fábricas brasileiras, a segurança e garantia de que o armamento não será roubado ou extraviado é exclusivamente das empresas bélicas.
A CPI das Armas coletou depoimentos de traficantes e delegados que mostram que carregamentos de empresas como a Taurus – uma das maiores fabrincantes nacionais de armas leves – são roubados por criminosos, mas os casos não são, sequer, registrados pela polícia.
A CPI também levantou o problema da fiscalização dos depósitos de comércios atacadistas e lojistas, que, segundo o relatório, não é feito de forma efetiva. “Nós percebemos que havia e ainda há um processo falho de controle das autoridades no sentido de acompanhar o comércio, transporte e identificação das armas, que permitam um controle por parte das autoridades da área de segurança”, afirma o relator da CPI, deputado Paulo Pimenta (PT/RS).
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