PF busca dono de posto usado por quadrilha no Rio
Conforme reportagem do jornal O Dia, no posto de gasolina foi encontrado um caderno com anotações sobre pagamento de propinas a policiais rodoviários federais. Nele, consta que alguns patrulheiros receberiam até R$ 1,5 mil para liberar a circulação de caminhões de combustíveis 'batizados' na Via Dutra.
Ontem, equipes da PF votaram ao sul fluminense porque o posto Madrugadão, um dos oito fechados durante a operação, localizado em Barra do Piraí, teve o lacre violado e voltou a funcionar. Os agentes da PF também fecharam o Auto Posto Barra do Vale, que continuava aberto.
A quadrilha ¿ chefiada pelo colombiano Alexandre Pareja Garcia, 36 anos, preso pela PF em setembro - chegou a movimentar R$ 40 milhões em apenas uma semana. Os carregamentos de cocaína - uma tonelada por mês, no total - não passavam pelo Brasil, mas o dinheiro arrecadado era lavado no País em negócios ligados ao petróleo e imóveis. Em três anos, Pareja acumulou cerca de US$ 50 milhões.
O outro foragido da Operação Platina é o traficante Jon Jairo Quintero Cruz, que vive na Colômbia.
Prejuízo de R$ 100 milhões
Segundo a PF, o bando perdeu R$ 100 milhões com a Operação Platina. Do bando de Pareja, que atuava no Brasil lavando dinheiro do tráfico há cinco anos, seis acusados foram presos no Rio, um em Brasília e outro em São Paulo. Além disso, a Justiça bloqueou 92 contas correntes em nome de integrantes da quadrilha e seqüestrou 42 bens no Estado: oito postos de gasolina, uma distribuidora de combustível, 28 imóveis residenciais, um lote, a matriz da transportadora Petrosol e três escritórios.
Na operação, também foram apreendidos nove automóveis, sendo seis deles blindados, que estão sendo levados hoje para superintendência da PF em Brasília. E também jóias, relógios, dinheiro e documentos.
Comentários