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Economia
Sábado - 24 de Março de 2007 às 11:08

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Os cerca de 8,2 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que ganham mais que um salário mínimo saberão, até o dia 15 do mês que vem, qual será o valor de seus benefícios a partir do pagamento de maio. O reajuste, provavelmente, não será muito diferente de 3,27%. Para os demais aposentados que ganham um salário mínimo, o reajuste vai ser de 8,57%.

O índice representa a inflação acumulada desde o último reajuste, concedido em abril de 2006, estima José Dutra Vieira Sobrinho, economista e professor de matemática financeira do Ibmec.

A data foi anunciada ontem pelo secretário de Políticas da Previdência, Helmut Schwarzer, em evento do Sinafresp (sindicato dos agentes fiscais de renda de São Paulo).

O Ministério da Previdência aguarda, apenas, a divulgação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) relativo ao mês de março. O índice é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"O INPC deve sair no dia 11 [10, segundo o IBGE]. Como a folha de pagamento do INSS fecha por volta do dia 15, entre o dia 11 e o dia 15, pode sair uma portaria [que dará o reajuste]", disse Schwarzer.

A correção é em abril pois esse é o mês de competência do pagamento feito em maio.

Só inflação - Schwarzer confirmou a intenção do governo de só compensar a inflação acumulada desde o último reajuste, em abril --3,27%, estima o professor de matemática financeira do Ibmec.

"Na lei está escrito o INPC", disse Schwarzer. O índice apura a inflação entre quem ganha de um a oito salários mínimos --R$ 350 a R$ 2.800, atualmente. "Ele mede a faixa em que estão os aposentados do INSS", afirmou o secretário.

Ao apenas repor a inflação, o governo não melhora o poder de compra do aposentado. Ou seja, ele poderá "comprar, no ano que vem, a mesma coisa que comprou neste ano", disse Schwarzer.

O secretário descartou a possibilidade de aumento real, como em 2006. "No ano passado, havia diferenças para recompor. Agora, estão mais do que zeradas", afirmou o secretário.

A metodologia tende a, com o tempo, aproximar todos aposentados do piso nacional. Isso porque o governo prevê, pelo menos até 2011, conceder aumento real para o salário mínimo. Neste ano, por exemplo, se a inflação fechar mesmo em 3,27%, o aumento do poder de compra vai ser de algo em torno de 5%.

Schwarzer confirmou ainda que não está nas projeções atuais da Previdência o adiantamento de parte do 13º benefício --em negociação entre sindicalistas e governo. "Quando houver uma posição política adiantando, eu coloco [na previsão]", afirmou Schwarzer.





Fonte: Folha Online

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