Caso Vera Lúcia choca cidade de Diamantino
Pelo fato da roda ter passado por cima de sua barriga, seu intestino saiu. Ficou consciente todo o tempo embora a dor fosse insuportável. Segundo ela, o veículo estava a serviço da empresa de carne suína Excelência e utilizava o acostamento por ser o caminho para entrar na companhia.
O motorista, não identificado, tentou prestar os primeiros socorros, mas quem levou Vera ao hospital de Nova Mutum foram dois funcionários da empresa que por coincidência passavam por lá. O autor do atropelamento foi embora.
No hospital ela sofreu uma cirurgia de abdômen e foi descoberto que ela estava com fraturas na bacia e havia deslocado as duas pernas. Ficou 13 dias no pronto socorro e depois voltou para Diamantino. Mas, novamente, precisou retornar ao hospital de Várzea Grande, por sentir fortes dores no local da operação.
“Vera teve fratura nível três, a mais grave que existe. Salvaram a vida dela em Nova Mutum”, afirmou o Dr. Rafael Zuriaga Jr., médico ortopedista em Diamantino.
ESPERA DURA MAIS DE DOIS MESES
O principal problema que Vera enfrenta hoje é a longa espera por uma cirurgia para corrigir seu descolamento de bacia.
Nenhuma cidade no Estado de Mato Grosso possui estrutura ou profissionais experientes para realizar o procedimento. A operação é muito delicada por envolver também parte da coluna. Qualquer erro pode deixar Vera imobilizada permanentemente.
O Dr. Rafael já enviou pedido de encaminhamento para a Central de Regulação do Estado em Cuiabá. Isso quer dizer que neste momento, Vera espera uma decisão vinda da capital dizendo para qual outro estado brasileiro ela irá.
A mãe, Raimunda Maria dos Santos, afirmou não saber quando sairão de Diamantino. Ela precisava voltar à Várzea Grande para tirar chapas, mas não foram por falta de dinheiro. “Minha filha precisa de fraldas”, desabafou. Todos os sete familiares de Vera estão desempregados, o que aumenta sua aflição.
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