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Cidades/Geral
Sábado - 24 de Março de 2007 às 08:53

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Vera Lúcia Dias da Silva, 21 anos, moradora do Bairro da Ponte, em Diamantino, passa por momentos difíceis. Em 21 de janeiro deste ano, após descer na BR 163, em Nova Mutum, foi atropela por um caminhão. “Eu estava no acostamento e ainda eram 16:00 horas, claro o suficiente ser vista”, disse Vera.

Pelo fato da roda ter passado por cima de sua barriga, seu intestino saiu. Ficou consciente todo o tempo embora a dor fosse insuportável. Segundo ela, o veículo estava a serviço da empresa de carne suína Excelência e utilizava o acostamento por ser o caminho para entrar na companhia.

O motorista, não identificado, tentou prestar os primeiros socorros, mas quem levou Vera ao hospital de Nova Mutum foram dois funcionários da empresa que por coincidência passavam por lá. O autor do atropelamento foi embora.

No hospital ela sofreu uma cirurgia de abdômen e foi descoberto que ela estava com fraturas na bacia e havia deslocado as duas pernas. Ficou 13 dias no pronto socorro e depois voltou para Diamantino. Mas, novamente, precisou retornar ao hospital de Várzea Grande, por sentir fortes dores no local da operação.

“Vera teve fratura nível três, a mais grave que existe. Salvaram a vida dela em Nova Mutum”, afirmou o Dr. Rafael Zuriaga Jr., médico ortopedista em Diamantino.

ESPERA DURA MAIS DE DOIS MESES

O principal problema que Vera enfrenta hoje é a longa espera por uma cirurgia para corrigir seu descolamento de bacia.

Nenhuma cidade no Estado de Mato Grosso possui estrutura ou profissionais experientes para realizar o procedimento. A operação é muito delicada por envolver também parte da coluna. Qualquer erro pode deixar Vera imobilizada permanentemente.

O Dr. Rafael já enviou pedido de encaminhamento para a Central de Regulação do Estado em Cuiabá. Isso quer dizer que neste momento, Vera espera uma decisão vinda da capital dizendo para qual outro estado brasileiro ela irá.

A mãe, Raimunda Maria dos Santos, afirmou não saber quando sairão de Diamantino. Ela precisava voltar à Várzea Grande para tirar chapas, mas não foram por falta de dinheiro. “Minha filha precisa de fraldas”, desabafou. Todos os sete familiares de Vera estão desempregados, o que aumenta sua aflição.





Fonte: O Divisor

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