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Quilombolas e índios têm prioridade nas compensações pela transposição, diz coordenador
"Dos 36 programas ambientais, nós vamos começar pelos menos 12 assim que as obras iniciarem”, disse Macedo, em entrevista exclusiva à Agência Brasil ontem (22). Hoje, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou o início das obras da transposição do São Francisco. A licença de instalação foi encaminhada ao ministério e entrará em vigor quando for publicada no Diário Oficial da União.
“Depois vêm os programas de comunicação/educação ambiental, e os programas de abastecimento de água a pequenas comunidades ao longo do sistema”, acrescentou o coordenador. “E também todo o programa de saneamento ambiental de 138 municípios, mais o abastecimento de água de 391 municípios da região beneficiada pelo projeto." Ele citou também recuperação das margens do rio e contenção de processos de erosão entre essas medidas.
Rômulo Vieira de Macedo contestou a proposta de que o governo só inicie as obras após a recuperação do rio e de seus afluentes (conhecida como revitalização), defendida por parte das entidades ambientais e populares envolvidas no debate público sobre o São Francisco. “A transposição e a revitalização do rio não são obras excludentes”, disse, ressaltando que o processo de revitalização pode levar de 20 a 30 anos. “A população do Nordeste Setentrional [sertão dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte], que vai ser beneficiada com a transposição, não pode esperar todo esse tempo para ter água”, acrescentou.
Macedo lembrou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê R$ 1,5 bilhão de investimentos na revitalização nos próximos três anos. Segundo ele, essas medidas serão importantes para deixar o rio limpo e navegável, mas sua execução não influenciará no volume de água: “A quantidade de água que corre hoje é a mesma de milhões de anos atrás”. Ele informou que o trecho do São Francisco anterior à barragem de Sobradinho terá prioridade.
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