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Polícia Brasil
Sexta - 23 de Março de 2007 às 17:53

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Mais de mil pessoas foram presas nesta sexta-feira (23) no estado de São Paulo das 6h às 16h, como parte de uma operação realizada pela polícia civil em todo o país. No total, 1.082 foram presos em dez horas de operação no estado. Até 12h, a polícia paulista havia apreendido 223,7 quilos de drogas e 568 veículos. Sessenta e um menores foram detidos, 49 em flagrante.

O número de mandados de busca e apreensão cumpridos era de 671 às 12h. A quantidade de objetos apreendidos chegou a 214.529. Foram vistoriados 11.314 veículos e abordadas 14.628 pessoas. A polícia computou 243 termos circunstanciados - registro de crimes considerados "de menor potencial ofensivo".

"A operação tem sido um sucesso pelo número de crimes esclarecidos e prisões efetuadas. Informações recebidas de delegados de outros estados também são positivas", afirmou Mário Jordão Toledo Leme, delegado geral de polícia de São Paulo.

O delegado geral afirmou que, nesta operação, São Paulo priorizou o combate ao tráfico de entorpecentes, seqüestro e roubo. Ele contou que assaltantes de bancos foram presos, mas não deu detalhes sobre os detidos. Além disso, Mário Jordão destacou a desarticulação de um esquema de fraude em postos de gasolina.

Perguntado quais seriam as dificuldades para que este tipo de operação ocorra com mais freqüência, ele afirmou que é difícil articular tantos policiais ao mesmo tempo. “A máquina é limitada. Temos que fazer operações menores. É difícil fazer grandes operações sistemáticas todos os dias”, afirmou. Ele disse que está em discussão no Conselho de Chefes de Polícia Civil o aumento do número de operações deste porte.

Mortes

Três pessoas foram mortas durante a operação. O delegado Mário Jordão disse que elas morreram por terem reagido à abordagem dos policiais e lamentou as mortes.

O suposto chefe de uma quadrilha que roubava computadores portáteis no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital, foi morto durante a operação, no início da manhã. Os criminosos abordavam principalmente empresários que chegavam de viagem.

Anderson Barros Santana estava em casa, no Jardim Miriam, também na Zona Sul. A moto que ele guardava na garagem confirmou a suspeita da polícia. O veículo havia sido reconhecido por vítimas de roubo. Na residência, a polícia encontrou um computador portátil que pertence ao executivo de um grande banco.

De acordo com a polícia, ele foi baleado em troca de tiros e morreu a caminho do hospital. “Achamos ele dormindo, ele acordou quando entramos na casa. Ele acabou reagindo, teve troca de tiros e ele foi baleado e socorrido pro hospital Sabóia”, afirma o delegado Antônio de Olim.

Outro suspeito morreu durante apreensão de entorpecentes na Rua Alba, na favela Beira-Rio. Ele seria segurança de um ponto de venda de drogas. O terceiro, acusado de cometer assaltos na cidade de Riversul, no interior do estado.

Operação

Batidas policias foram montadas em vários pontos na cidade. No Centro, dezenas de bolsas e perfumes falsificados foram apreendidos. Um helicóptero foi usado para prender integrantes de um grupo que roubava mercadorias do Porto de Santos.

“Sistematicamente eles abriam os containeres, tiravam a mercadoria que interessava para eles, geralmente eletro-eletrônicos, pneus, perfumes. Enchiam de areia e colocavam os pinos de volta no container”, conta o delegado Youssef Chahin. Um empresário que ficava com os produtos também foi detido.

Toda a operação é monitorada de uma sala que fica na sede da Polícia Civil. Recém-inaugurada, ela serve centro de operações do departamento de inteligência.





Fonte: G1

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