Mais de 600 pessoas são presas em seis horas em SP
Ao todo, foram cumpridos 685 mandados de prisão - o número é maior do que o toal de presos porque alguns dos detidos tinham mais de um mandado.
O número de mandados de busca e apreensão cumpridos era de 671 às 12h. A quantidade de objetos apreendidos chegou a 214.529. Foram vistoriados 11.314 veículos e abordadas 14.628 pessoas.
A polícia computou 243 termos circunstanciados - registro de crimes considerados "de menor potencial ofensivo".
"A operação tem sido um sucesso pelo número de crimes esclarecidos e prisões efetuadas. Informações recebidas de delegados de outros estados também são positivas", afirmou Mário Jordão Toledo Leme, delegado geral de polícia de São Paulo.
Mortes
Três pessoas foram mortas durante a operação. O delegado Mário Jordão disse que elas morreram por terem reagido à abordagem dos policiais e lamentou as mortes.
O suposto chefe de uma quadrilha que roubava computadores portáteis no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital, foi morto durante a operação, no início da manhã. Os criminosos abordavam principalmente empresários que chegavam de viagem.
Anderson Barros Santana estava em casa, no Jardim Miriam, também na Zona Sul. A moto que ele guardava na garagem confirmou a suspeita da polícia. O veículo havia sido reconhecido por vítimas de roubo. Na residência, a polícia encontrou um computador portátil que pertence ao executivo de um grande banco.
De acordo com a polícia, ele foi baleado em troca de tiros e morreu a caminho do hospital. “Achamos ele dormindo, ele acordou quando entramos na casa. Ele acabou reagindo, teve troca de tiros e ele foi baleado e socorrido pro hospital Sabóia”, afirma o delegado Antônio de Olim.
Outro suspeito morreu durante apreensão de entorpecentes na Rua Alba, na favela Beira-Rio. Ele seria segurança de um ponto de venda de drogas. O terceiro, acusado de cometer assaltos na cidade de Riversul, no interior do estado.
Operação
Batidas policias foram montadas em vários pontos na cidade. No Centro, dezenas de bolsas e perfumes falsificados foram apreendidos. Um helicóptero foi usado para prender integrantes de um grupo que roubava mercadorias do Porto de Santos.
“Sistematicamente eles abriam os containeres, tiravam a mercadoria que interessava para eles, geralmente eletro-eletrônicos, pneus, perfumes. Enchiam de areia e colocavam os pinos de volta no container”, conta o delegado Youssef Chahin. Um empresário que ficava com os produtos também foi detido.
Toda a operação é monitorada de uma sala que fica na sede da Polícia Civil. Recém-inaugurada, ela serve centro de operações do departamento de inteligência. “Nós temos buscado a ampliação deste tipo de ação e, sem dúvida nenhuma, os 27 chefes de polícia civil do Brasil estão se reunindo sistematicamente e a nossa meta é ampliar todo este esquema de operação para dar mais tranqüilidade à população brasileira”, diz Mário Jordão, delegado geral de polícia de São Paulo.
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