Produtores buscam alternativas para dívidas de investimento

Produtores de grãos de diversas regiões no país se reuniram ontem, em Curitiba (PR), para discutir alternativas para as dívidas contraídas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), esses débitos são relativos a investimentos em infra-estrutura e máquinas. Os produtores alertam que até o momento, pouca coisa do que foi anunciado no Plano Agrícola no ano passado se concretizou. “Estamos avisando ao governo que se algo não for feito, teremos problemas em breve”, prevê Rui Prado, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja).

A discussão foi levantada durante encontro da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). As lideranças rurais brasileiras se reúnem em Brasília na próxima terça-feira para consolidar as propostas em relação aos débitos e cobrar do governo a efetivação do Plano Agrícola. De acordo com dados da Agroconsult, o total das dívidas de investimento em 2007 é de R$ 7 bilhões em todo Brasil. Esse montante compreende as parcelas com Moderfrota, Moderinfra, Moderagro, Linha Especial, Finame Agrícola e outras linhas.

Durante a reunião, também foi discutido o alto valor praticado na venda do glifosato. Em média, o litro do produto está sendo comercializado em Mato Grosso a U$ 6,50 dentro dos pacotes tecnológicos, enquanto no ano passado o preço girou em torno de U$ 3,50. “Isso é muito preocupante, estamos definindo estratégias para resolver esse problema”, explica Prado.