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Economia
Quinta - 22 de Março de 2007 às 09:19
Por: Aliner Fernandes

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ato Grosso está importando mais. A informação, repassada hoje (21.03) pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) revela que neste ano o Estado importou 103,65% a mais do que no mesmo período do ano passado. Em 2007, o montante foi de U$ 94 milhões, enquanto que em 2006 foi de U$ 46,159 milhões. As exportações somaram US$ 502,067 milhões em fevereiro de 2007, valor que representa redução de 1,23%, comparado às exportações no mesmo mês de 2006, que atingiu US$ 508,309 milhões. O superávit da balança comercial fechou em US$ 408 milhões.

“Os dados são altamente positivos, porque demonstra que o mercado interno está se tornando atrativo. Com isso, o Estado ganha mais porque agrega valor ao produto, além da arrecadação de impostos e geração de empregos”, analisa o presidente em exercício da Fiemt, Jandir Milan. As importações continuam concentradas nos produtos químicos, que são utilizados em adubos e fertilizantes para a para plantação de soja, algodão e outros produtos agrícolas. A uréia e o sulfato de amônio são os principais produtos importados. Estes produtos representam respectivamente 30,40% e 18,60% das importações neste ano. A Rússia é o principal país de origem dos produtos, com participação de 35, 23%.

Nas exportações, Mato Grosso permanece em 10º lugar no ranking nacional, com participação de 2,38% nas exportações totais do Brasil e 49,78% nas exportações da região Centro-Oeste, onde figura como principal exportador. O complexo soja exportou o montante de US$ 264,824 milhões, ou seja, 26,62% a menos que no mesmo período de 2006, quando obteve o valor de US$ 360,898 milhões.

A soja em grão, principal produto exportado pelo Estado tem apresentado redução quando comparada aos anos anteriores. Nos dois primeiros meses do ano, o produto registra queda de 38,43%, com um montante de US$ 152,447 milhões, valor bem abaixo do mesmo período de 2006, onde foram exportados US$ 247,592 milhões. “Único produto que obteve crescimento, foi o farelo de soja, com um aumento de 8,38%. Estes números refletem a nova tendência do mercado que é a priorização do esmagamento da soja no Brasil para a produção do biodiesel e óleo comestível”, explica o coordenador do CIN.

CARNE - O complexo carne obteve expressivo crescimento do faturamento em 94,23%, apresentando aumento em todos os segmentos. As exportações neste mês alcançaram a marca de US$ 116,114 milhões, que representa 23% dos produtos exportados, contra US$ 59,783 milhões no mesmo período de 2006. Em quantidade, foram embarcadas 54 mil toneladas em 2007 e em 2006 apenas 29 mil. “A carne bovina é o principal produto do complexo, com exportações de US$ 95,562 milhões, que representa um crescimento de 85,71% em relação ao ano passado”, destaca Milan.

Outro setor que apresentou aumento foi o de aves, que obteve um crescimento de 50%. De acordo com o coordenador do CIN, o aumento deve-se a diversificação dos paises importadores, tendo como principal destino à Rússia, seguido da Holanda e Emirados Árabes. “A carne suína também apresentou um excelente crescimento. Em fevereiro do ano passado o valor foi de US$ 8,616 milhões e neste ano foi de US$ 394,911 mil exportados, ou seja, um aumento de 2.081%. Este notável aumento deve-se principalmente ao incremento das exportações deste produto para a Rússia, nosso principal importador com participação de 98%”, informa o coordenador.

QUEDA - O setor do algodão não tem apresentado crescimento como nos anos anteriores. Nos últimos seis meses, as exportações reduziram em 30%. O setor do couro também tem apresentado queda nas exportações. Nos dois primeiros meses de 2007 a redução ficou em torno de 34,45%, em comparação ao ano passado. Segundo o coordenador do CIN, os resultados foram influenciados pela desvalorização cambial e diminuição no abate dos frigoríficos. “Estes reflexos parecem já estar surtindo efeitos nas exportações de Mato Grosso nos primeiros meses do ano”, ressalta ele.

Já o setor madeireiro, que permaneceu em crise por mais de um ano, começa a dar indícios de retomada do crescimento e volta a ser uma das principais atividades de exportação do Estado. No mês de fevereiro, o setor exportou um montante de US$ 30,108 milhões contra US$ 21,551milhões no mesmo período de 2006, apresentando um crescimento de 40%.





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