Dona de casa morre após fazer escova progressiva
Maria Ení teria aplicado uma mistura de cremes e formol nos cabelos no sábado e recebido a recomendação de deixar os produtos agirem por três dias. Entretanto, segundo seu irmão, o policial militar Valdivino Eterno da Silva, ela começou a se sentir mal na noite de ontem. A dona de casa reclamou de dores de cabeça, enjôo e coceira no couro cabeludo.
Por volta das 5h, Maria Ení deu entrada no Hospital Municipal de Porangatu. A médica que a atendeu identificou a intoxicação, receitou um remédio e a mandou voltar para casa. Meia hora depois de tomar um copo de leite, ela entrou em choque anafilático.
A família a levou para outro hospital, desta vez particular. "Quando a paciente chegou no hospital com parada cardio-respiratória não havia mais nada que pudesse ser feito", informou o médico Carlos Humberto Matias, responsável por seu atendimento.
Apesar de a família não ter registrado um boletim de ocorrência, a delegada Cynthia Christyane Alves da Costa abriu um inquérito para investigar a causa da morte. A polícia técnico-científica recolheu amostras de sangue e urina de vítima para elaborar um laudo pericial.
De acordo com a delegada, a dona do salão onde Maria Ení foi atendida disse que o alisamento capilar da vítima não foi feito por ela. O filho da proprietária afirmou, no entanto, que ela viajou para Goiânia para fazer tratamento médico e só vai falar sobre o assunto quanto retornar.
Já foram colhidas amostras do material usado no cabelo de Maria Ení para avaliar se a intoxicação foi provocada pelos produtos utilizados no alisamento. A médica que atendeu a dona de casa no hospital público só irá se pronunciar após a divulgação do laudo, previsto para daqui a 30 dias.
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