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Esportes
Quarta - 21 de Março de 2007 às 13:58

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A discussão do novo contrato de TV do Brasileiro, a vigorar a partir de 2009, começou ontem com bate-bocas, acusações, negociações em separado e intrigas. Foi esse clima tenso que dominou a reunião do Clube dos 13 com representantes da TV Globo, no escritório da entidade em São Paulo.

O ambiente foi apimentado pela acusação do Flamengo de que os clubes pagaram ágio de R$ 11 milhões no transporte aéreo do Brasileiro-2006, revelada ontem pela Folha. Em um momento delicado, o início de negociação com as TVs, o fato pode gerar um racha no C13.

Oficialmente, o encontro era para a Globo prestar contas do resultado do último Brasileiro. Só que a reunião tinha a sombra da Record, que já iniciou sua investida pelo campeonato após disputar com a rival carioca Copas e Olimpíadas. Dirigentes da emissora paulista já conversam em separado com clubes, entre eles o Flamengo.

A estratégia da Record de procurar os times em separado --admite até negociar desta forma--- seria justificada por uma suposta recusa do presidente do C13, Fábio Koff, de falar com a emissora. À reportagem, anteontem, Koff afirmou não ter sido procurado. Por enquanto, o único contato da Record com o dirigente foi no final do ano passado, quando Koff afirmou que estaria de portas abertas.

Segundo Marcelo Campos Pinto, da Globo Esporte, Koff disse ontem que no momento oportuno será discutida a renovação do contrato. "Nós temos de procurar nossos interesses", disse o diretor da Record, Edu Zebini, sobre o interesse no Brasileiro.

Dentro do C13, entidade que reúne os principais times do país, há quem veja a concorrência como algo saudável, mesmo que ela ainda não exista de fato. Ontem, Record tentou monitorar a reunião por telefone lance a lance. E foram muitos. O presidente do Vasco, Eurico Miranda, cuja reeleição está suspensa pela Justiça, reclamou do tratamento dado a ele por veículos de comunicação ligados à Globo. Segundo Campos Pinto, o cartola pediu críticas construtivas.

A disputa é antiga. O dirigente chegou a romper com ela em 2000, quando foram divulgadas supostas irregularidades em sua gestão no Vasco.

Antes, Fábio Koff interpelou, irritado, dirigentes do Flamengo.

Questionou o fato de ter vazado documento do clube que aponta pagamento de R$ 11 milhões a mais por passagens do Brasileiro-06. É relativo a contrato com a Pallas Operadora Turística, que foi renovado. O levantamento do Flamengo apontou que não foi dado o desconto de 68% nas passagens, como escrito no acordo. O desconto real foi de 27%.

Koff defendeu a regularidade do negócio e disse que poderia tomar até medidas judiciais. Ao final da reunião, o presidente do Flamengo, Márcio Braga, informou Koff que encaminharia dossiê sobre o assunto para o C13.

Além disso, o Flamengo avisou que fará hoje pedido de expulsão do vice do C13 Mustafá Contursi. Alega que o dirigente não representa mais o Palmeiras e também é dirigente de sindicato de clubes de futebol. O clube alviverde deve confirmar a versão. Mustafá não foi encontrado pela Folha.





Fonte: Terra

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