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Quarta - 21 de Março de 2007 às 13:37
Por: Jean Barros

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Pedágio para automóveis e utilitários nas duas rodovias estaduais que interligam as áreas urbanas de Cuiabá e Várzea Grande separadas pelo rio que empresta o nome à Capital. Esse o teor de um projeto de lei do governador Blairo Maggi (PR) apresentado à Assembléia Legislativa na semana passada pelo governador em exercício, Silval Barbosa (PMDB).

O projeto propõe que se estenda às rodovias estaduais pavimentadas a cobrança de pedágio ora em vigor nas estradas MT-242 entre Sorriso e Ipiranga do Norte e MT-449 – a Rodovia da Mudança – no trecho Lucas do Rio Verde-Tapurah, ambas no Médio-Norte, mas com um diferencial: incluindo os veículos leves, até então isentos dessa cobrança.

O secretário de Infra-Estrutura, Vilceu Marchetti, defende a cobrança generalizada. Marchetti argumenta que não basta construir estradas e que é preciso garantir fluxo de caixa para conservá-las.

Maggi goza férias e não foi localizado para falar sobre o novo tributo que se juntará aos impostos, taxas e fundos que estrangulam a economia mato-grossense.

Caso a Assembléia Legislativa aprove o projeto de lei até mesmo as viaturas militares serão taxadas, pois a proposta apresentada por Maggi não as isenta. O texto original somente desobriga da cobrança as ambulâncias, viaturas de bombeiros e policiais, motocicletas e ciclomotores e carros oficiais do Corpo Diplomático.

O governo prevê a cobrança de R$ 3,50 para os veículos de passeio nas rodovias. Isso significa que o usuário do Contorno Viário Sul (MT-407) no trajeto de ida e volta do Viaduto Luiz Phillipe Pereira Leite, em Cuiabá, ao Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, terá que desembolsar R$ 7.

Marchetti anunciou a ampliação da base da arrecadação do pedágio rodoviário, mas fez boca de siri sobre a retomada das obras de pavimentação, que estão praticamente paralisadas há mais de um ano. No final de 2006, o secretário admitiu que o reinício das obras rodoviárias “seria revisto” em razão da crise que se abateu sobre o agronegócio, pois parte dos seus custos é bancado por produtores rurais por meio dos chamados consórcios rodoviários.

O anúncio da ampliação da base da arrecadação do pedágio rodoviário feito por Marchetti certamente movimentará a Assembléia Legislativa, onde o assunto será debatido.

Contorno Sul

O pedágio poderá chegar ao Contorno Viário Sul de Cuiabá, mas o compromisso do governo com aquele trecho rodoviário era outro bem diferente.

Em 16 de agosto de 2003, o então secretário de Infra-Estrutura, Luiz Antonio Pagot, participou em Cuiabá de um seminário sobre pavimentos rígido promovido pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e revelou que o governo pavimentaria com concreto os 32 km do Contorno. Pagot justificou que o pavimento flexível – ali aplicado - exige manutenção quase permanente, enquanto o pavimento rígido é muito mais resistente e durável; Pagot acrescentou que “Avaliaria a possibilidade de duplicar aquele trecho e implantar entre as pistas o sistema de muretas New Jersey – dimensionado para aplicação rodoviária e capaz de amortizar e refletir o impacto direto do veículo em caso de acidente”. Essa duplicação exigiria a construção de uma ponte com 300 metros paralela a existente no limite das duas cidades.





Fonte: Extra Mato Grosso

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