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Cidades/Geral
Quarta - 21 de Março de 2007 às 03:31

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O grupo americano AES investirá R$ 651 milhões no Brasil neste ano. O volume inclui os projetos das sete controladas no País, sendo R$ 366 milhões da distribuidora Eletropaulo, R$ 145 milhões da distribuidora AES Sul e R$ 75 milhões da geradora AES Tietê. Além disso, a empresa prevê o desembolso de R$ 225 milhões na construção de três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), no Rio de Janeiro, com potência para gerar 52 MW médios.

O presidente da AES no Brasil, Eduardo Bernini, destacou que os investimentos definidos para o ano serão feitos especialmente em modernização e manutenção dos ativos já existentes. Em geração, ele afirmou que, no momento, o foco está nas usinas menores, como as PCHs, sem a pretensão de explorar empreendimentos de maior porte. “Estamos sendo seletivos para que não haja degradação da taxa de retorno do investimento para o acionista. ”

Bernini afirmou que há boas oportunidades de negócios na área de PCHs. As três usinas que deverão ser construídas pela AES Tietê ainda estão em fase de aprovação dos órgãos reguladores e ambientais. Apesar disso, a expectativa é de que em dois anos as unidades já estejam em funcionamento. Para isso, o processo deve se liberado pelos órgãos responsáveis ainda no primeiro semestre.

O investimento vai suprir uma lacuna de 30 MW médios que a AES Tietê tem no contrato firmado com a Eletropaulo, segundo Bernini. “As PCH, com 52 MW de potência, fecharão o balanço energético da AES Tietê, que busca essa complementação no mercado de curto prazo”, justificou. Hoje, essa complementação é buscada no mercado spot (à vista).

Sobre a saída do BNDESPar da Companhia Brasiliana de Energia, holding que reúne os ativos da americana no Brasil (exceto a AES Sul), os executivos consideram prematuro fazer alguma avaliação. Bernini deixou claro que o assunto está sendo acompanhado pela matriz nos EUA, mas destacou que a empresa tem direito de preferência na negociação, independentemente da modelagem a ser feita pelo BNDES.

“É uma decisão de um acionista que poderia ser tomada a qualquer momento. Mas qualquer modelagem deve resguardar o acordo de acionista”, explicou o diretor de Finanças e Relações com Investidores do Grupo AES no Brasil, Britaldo Soares.

Bernini comentou a situação do setor elétrico e destacou a estabilidade do cenário comparada ao passado. “Mas há pontos de preocupação, como o licenciamento ambiental e a mitigação dos problemas socioambientais, nos quais não há um limite estabelecido para se definir os riscos”, observou.





Fonte: AE

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