Antes só se via terra. Um mês após a cerimônia de plantio da grama do Beira-Rio - que contou com o presidente Giovanni Luigi e o ex-centroavante Claudiomiro, autor do primeiro gol da história do estádio -, já se percebe o verde tomando corpo, como é percebido nas fotos divulgadas pelo clube nesta quarta-feira.
O plantio do gramado apresenta uma tecnologia inédita no Brasil. O processo se dá por muda - também existem a semeadura e o rolo como outras modalidades. Ainda não usada no país, a grama bermuda "tifgrand" vem da Flórida, nos Estados Unidos. É do tipo verão e se entrelaça ao solo devido a uma camada de 10 centímetros de terra misturada a fibras elásticas, que se agarram ao material depositado pelos funcionários.
Após o cultivo, começa o "grow in", que se trata da manutenção do processo e deve durar mais 60 dias. De acordo com o engenheiro Fábio Câmara, diretor técnico da World Sports, empresa responsável pelo campo, será possível visualizar o verde completo em 90 dias, no máximo.
As diferenças em relação ao campo em que os jogadores pisaram até o fim do ano passado são muitas. Primeiro, o gramado foi centralizado em quatro metros. Abaixo da grama, há camadas de brita e areia, que foram enviadas para análise a uma empresa de fora do país.
O projeto foi desenvolvido em parceria com a Fifa. Para evitar qualquer contratempo, a empresa irlandesa STRI, mesma que ajudou nos campos da Copa do Mundo da África do Sul, entrou em ação e analisou microclima, o ambiente e tudo que poderia causar algum impacto no campo.
Além da preocupação com as deformidades, houve o cuidado para fazer o campo suportar o pior dos temporais. O Beira-Rio agora terá drenagem rápida e a vácuo. Ela será totalmente modificada. O sistema agirá como um exaustor e conseguirá absorver a água e fazê-la escoar sem prejudicar o andamento da partida.
O estádio está com 65% das obras concluídas. A previsão é que a casa colorada fique pronta em dezembro deste ano. O Beira-Rio receberá cinco jogos na Copa do Mundo de 2014.
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