Bebê com anencefalia completa 4 meses de vida em SP
"Ela está um pouco cansada e uma radiografia mostrou que tem secreções nos pulmões", explicou a médica. Marcela, que continua num dos quartos da Santa Casa de Patrocínio Paulista, já está pesando 3,880 quilos e tem 58 centímetros. Para ter alta, a prefeitura ajuda a procurar um imóvel na cidade para alugar.
Nos quatro meses, Marcela fez exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética, ambos em Franca, que comprovaram o quadro de anencefalia. A menina tem apenas uma parte do encéfalo (cérebro), o tronco cerebral, que a mantém viva, contrariando até o ultra-som feito antes de seu nascimento, que indicava pouca chance de sobrevivência. A mãe, Cacilda Galante Ferreira, não sai do lado da filha desde o nascimento e, como a família (que mora na zona rural) encontra dificuldades para alugar um imóvel perto da Santa Casa, uma assistente social do município está ajudando na busca.
Segundo o coordenador de Saúde da prefeitura, Géter Simão, a prefeitura bancaria as despesas (o oxigênio e equipes médicas, pelo Plano de Saúde da Família), a Santa Casa cederia os aparelhos e a pediatra continua o atendimento diário. As despesas mensais superam os R$ 1 mil, bancados pela prefeitura - o Sistema Único de Saúde (SUS) cobre as diárias hospitalares. A família tem renda limitada.
Marcela é alimentada por sonda, com 50 ml de leite a cada três horas - começou com 5 ml. A partir da próxima semana existe a possibilidade de ela iniciar a alimentação, também por sonda, de uma dieta pastosa de legumes, segundo a pediatra Márcia. Devido à sua experiência acompanhando o caso, a médica já está preparando material para, no futuro, publicar em revistas especializadas de medicina.
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