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Nacional
Terça - 20 de Março de 2007 às 14:46

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Cerca de 40% da população brasileira não tem acesso a água potável, denunciou hoje a associação Articulação do Semi-Árido (ASA), que pediu "mais políticas públicas" e uma luta mais intensa contra as tentativas de privatizar o setor.

A ASA, associada à organização humanitária Oxfam, é uma rede que representa 600 entidades de base, e desenvolve projetos de captação da água da chuva para consumo humano e produção de alimentos no semi-árido brasileiro.

Na região Nordeste, 11 milhões de trabalhadores rurais não contam com água potável, e precisam percorrer vários quilômetros diariamente para encontrar água de baixa qualidade, segundo a Oxfam.

A região apresenta uma taxa de mortalidade infantil por diarréia de 25%.

A representante da ASA, Cleusa Alves da Silva, discursou hoje na primeira Assembléia Mundial dos Eleitos e Cidadãos pela Água (Amece), que contou com a presença de autoridades, especialistas e membros da sociedade civil de mais de 80 países, dentre os quais Brasil, Bolívia, Uruguai, Chile, Argentina, México, Colômbia, Honduras, Peru e Equador.

O objetivo da assembléia, que teve início no dia 18, e que termina hoje, é debater e apresentar fórmulas que avancem no reconhecimento pelas Nações Unidas do acesso à água como um direito humano. Além disso, prevê a luta por medidas que freiem a tentativa de transformar esse bem em um produto comercializado em nível mundial.

Em declaração à agência Efe, Cleusa defendeu a iniciativa da assembléia de tornar conhecidas as políticas praticadas no mundo todo em relação à água.

Uma das propostas de compromisso alcançadas pela assembléia prevê o lançamento de uma campanha para que a ONU reconheça formalmente o direito do homem à água, até o dia 10 de dezembro de 2008, data em que se comemora o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Além disso, a representante da ASA afirmou que "este é um momento muito propício para o intercâmbio de informações sobre a luta contra a privatização da água no mundo todo", um problema que considera especialmente grave no Brasil.





Fonte: EFE

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