Carros de passeio passarão a pagar pedágio em MT

Carros de passeio e utilitários podem começar a pagar pedágio em duas rodovias estaduais ainda neste semestre. Por enquanto, somente veículos pesados pagam pedágios nas rodovias MT-242, entre Sorriso e Ipiranga do Norte, e MT-449, entre Lucas do Rio Verde e Tapurah, as duas primeiras do Estado a cobrarem pelo uso das estradas. A mudança está em um projeto de lei encaminhado pelo governo do Estado à Assembléia Legislativa.

O projeto prevê que ainda neste semestre, carros de passeio e utilitários de até uma tonelada e meia, isentos da cobrança, também devem começar a pagar o pedágio. Nestes casos, o valor será de R$ 3,50 por veículo. A cobrança divide as opiniões dos motoristas. "Fica difícil. Já basta o IPVA que a gente paga, que é um absurdo, ainda mais um pedágio", disse um motorista. "Se for para melhorar as estradas, eu acho uma boa", disse outra motorista. "Quem roda mais são carretas, quem estraga as estradas são as carretas. Carro pequeno não estraga o asfalto", completou outro condutor.

Já para os caminhoneiros, todo tipo de veículo deve pagar pedágio. O caminhoneiro Vanderlei Pnaf afirma que a suspensão da carreta dele quebrou por causa dos buracos nas estradas. "O pedágio é bom porque, pelo menos, tampa os buracos, arruma as estradas que não têm acostamento", argumentou Pnaf.

De acordo com a Secretaria de Estado de Infra-estrutura, o projeto de lei que estabelece a cobrança de pedágio para veículos menores já está na Assembléia Legislativa. E os pedágios não devem parar por aí, já que os planos do governo incluem implantação de pedágios em mais 10 trechos de rodovias estaduais ainda este ano; na MT-235, que liga Nova Mutum a Santa Rita do Trivelato; na MT-242, de Sorriso a Nova Ubiratã; e na região metropolitana, na rodovia dos Imigrantes, entre Cuiabá e Várzea Grande.

O secretário Vilceu Marchetti, de Infra-estrutura, afirma que não há outra alternativa para a conservação e manutenção das rodovias. Pelos cálculos do governo, nos dois pedágios já implantados, desde que estão em funcionamento, a perda de arrecadação foi de R$ 240 mil pelo não pagamento dos carros ainda isentos da cobrança. "Não é só construir e pavimentar estrada. Tem que ter preocupação da manutenção dessa rodovia. Achamos que neste momento é a única forma que temos de manter essas rodovias em perfeito estado de trafegabilidade", frisou Marchetti.

O projeto está em tramitação na Assembléia Legislativa e ainda não há previsão de votação.