América Latina tem mais de 200 milhões de pobres, diz BID
No entanto, ainda de acordo com o Moreno, que discursava na abertura da reunião executiva do BID, na Cidade da Guatemala, o número de latino-americanos vivendo abaixo das linhas da pobreza e da miséria é o mais baixo da história recente.
"Embora 13 milhões de pessoas tenham escapado das garras da pobreza nos últimos anos, a expansão econômica não se refletiu numa melhora da qualidade de vida para grande parte dos nossos habitantes", afirmou o presidente do BID.
"40% de pobres"
O BID estima que 40% dos moradores da região vivem na linha da pobreza, enquanto 15% ainda estariam na miséria.
O presidente do banco previu um crescimento econômico para a região de 4,8% a 5% para este ano, pouco abaixo do registrado no ano passado, de 5,3%.
Moreno salientou que essa expansão, no entanto, não levou à melhora esperada para grande parte da população latino-americana.
"A desigualdade continua. É inaceitável que 205 milhões de pessoas vivam abaixo da linha da pobreza", disse Moreno.
Em seu discurso de abertura do encontro na Guatemala, Moreno aproveitou para elogiar o pioneirismo do programa Pró-Álcool no Brasil.
"Devemos nos espelhar no Brasil, líder mundial em biocombustíveis, e não só para aprender com essa experiência, mas também pela importância do intercâmbio de tecnologias entre países-irmãos."
Participaram da abertura do encontro autoridades da região como a presidente do Chile, Michelle Bachelet, o presidente de El Salvador, Elías Antonio Saca, o presidente de Honduras, José Manuel Zelaya, e o anfitrião, presidente da Guatemala, Oscar Berger, entre outros.
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