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Economia
Terça - 20 de Março de 2007 às 08:57

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Esses vendedores não são reais, mas ainda assim precisam sorrir para causar uma boa impressão. Um estudo da Universidade de New Ohio, nos Estados Unidos, mostra que personagens digitais com aparência alegre produzem uma melhor impressão do que os sisudos -- isso pode representar um aumento nas vendas, quando considerado o mascote de uma loja on-line, por exemplo.

O sorriso de um personagem virtual tem impacto nas vendas, mesmo se o produto que ele vende esteja associado à tristeza -- caso de um livro dramático. “Essas imagens se tornam cada vez mais importantes, conforme as crianças crescem em frente ao computador. Há uma década, as pessoas começaram a prestar atenção em objetos do universo digital. Desde então ouve uma forte expansão de seu uso, que não pode ser ignorada”, disse Li Gong, professor de comunicação e líder do estudo.

Segundo o especialista, a descoberta pode ter impacto no comércio eletrônico, no aprendizado, no entretenimento digital e no universo dos jogos digitais. “Os jogadores querem que os personagens tenham emoção, algo indispensável para a comunicação humana. As expressões estão se tornando mais essenciais com a popularização dos personagens digitais [também chamados de avatares].”

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram o Baldi, um rosto humano digitalizado criado pelo laboratório da Ciência da Percepção, da Universidade da Califórnia. O modelo sincroniza seus lábios com as palavras pronunciadas, mostrando “emoção” durante a leitura. Na pesquisa, foram usadas duas versões do Baldi: uma que expressava tristeza, enquanto o outro mostrava alegria ao ler os textos.

Gong afirma que a impressão causada nos voluntários estava ligada à expressão e tom de voz usado pelo rosto digital, e não pelo conteúdo lido. Os participantes do estudo disseram ainda que prefeririam ler o livro apresentado pelo “feliz” do que pelo “triste”, além de confiar mais na versão alegre. “O já antigo conceito de que a positividade pesa mais que a negatividade também se aplica nesse caso”, afirmou o pesquisador.





Fonte: G1

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