Repórter News - reporternews.com.br
Esportes
Terça - 20 de Março de 2007 às 04:49

    Imprimir


Há exatos dez anos, o preparador de goleiros do Palmeiras, Carlos Pracidelli, recebeu uma ligação do amigo Niltinho, técnico de futebol de salão do Juventus. "Carlão, eu tenho aqui um garoto altão e bobão que quer ser goleiro de qualquer jeito", disse Niltinho. Pracidelli riu, mas deixou o "bobão" passar pela peneira do Verdão. Hoje, não esconde que estava receoso sobre o potencial do garoto. "Quando eu vi aquele menino de 12 anos, todo desengonçado, não sabia se ia dar alguma coisa."

Pois o tempo passou, e o "bobão" mostrou que de bobo não tinha nada. Hoje, aos 22 anos, Bruno Cortez Cardoso, paulistano da Mooca e palmeirense por parte de pai, mãe, tios e avôs, já é o segundo goleiro na hierarquia do Palmeiras - reserva imediato de Diego Cavalieri, já que o titular Marcos ficará cerca de dois meses parado, até que se recupere de uma fratura no braço esquerdo.

"Ele está pronto para jogar", garante Pracidelli. "É claro que já dá uma ansiedade maior em ficar no banco, e não só treinando. Mas sinto que estou preparado para jogar", confirma Bruno.

Desde que passou na concorrida peneira dos goleiros do Palmeiras, em 1997, Bruno chama a atenção no clube pela regularidade e pelo porte físico - tem 1,95 metro de altura. "Eu sempre falo que o goleiro precisa ser bom em todos os fundamentos. E esse é o caso do Bruno, que também se destaca pelo biótipo", diz Pracidelli.

Bruno é a mais nova revelação da Academia de Goleiros do Palmeiras. O clube, que já teve Oberdan Cattani, Valdir de Moraes e Emerson Leão no passado, não contrata um goleiro desde 1994, quando trouxe Gato Fernández do Paraguai. De lá pra cá, todos aqueles que vestiram a camisa 1 do Verdão foram formados - ou "lapidados" - no próprio clube: Velloso, Sérgio, Marcos e, mais recentemente, Diego Cavalieri.

Nesses dois últimos casos, e também no do novato Bruno, o responsável foi Pracidelli, preparador de goleiros do Palmeiras entre 1992 e 2004, e que voltou ao clube em janeiro. Marcos, Diego e Bruno não escondem o apreço que têm por Pracidelli. E vice-versa. "Eles são o meu maior motivo de orgulho. É muito gratificante vê-los brilhando e sendo reconhecidos pela torcida", diz o preparador de goleiros.

O segredo, segundo Pracidelli, é tratar todos da mesma forma - desde o pentacampeão mundial Marcos até o garoto de 12 anos que chega para a peneira. "A gente acaba criando um vínculo grande entre os goleiros, pois todos se respeitam e se ajudam", diz Pracidelli. "É como uma família", emenda Bruno.





Fonte: AE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/236047/visualizar/