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Polícia Brasil
Segunda - 19 de Março de 2007 às 21:16

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O Ministério Público Federal ofereceu denúncia à Justiça Federal contra dez integrantes de uma organização criminosa comandada a partir de presídios de segurança máxima. A quadrilha seria responsável pelo tráfico de drogas trazidas do Paraguai para o Rio de Janeiro.

Durante as investigações da Operação Aresta, foram apreendidos, em novembro passado, dois carregamentos de drogas que somavam 7 toneladas de maconha e 30 kg de cocaína. As cargas, interceptadas em Cascavel (PR) e Volta Redonda (RJ), abasteceriam o Morro do Dendê, na Ilha do Governador.

A quadrilha seria liderada por Robson Carlos Maciel, conhecido como "Edmundo Bita" ou "Robinho do Dendê", preso no Complexo Penitenciário de Bangu. Mesmo atrás das grades, ele comandaria o grupo usando celulares. As remessas apreendidas seriam coordenadas também via celular pelo denunciado Roberto Tenório Bezerra, conhecido por "Robertinho", que está no Presídio de Alta Segurança de Charqueadas (RS), apontado como um dos maiores fornecedores de drogas do Paraguai para o Brasil.

Além de Robinho do Dendê e Robertinho, foram denunciados Rubens Francisco Nicolau, Elisabeth Fernandes da Silva, Leandro Bragante Soares, Ademir Pereira Godinho, Benedito Venancio, Harnoldo Gomes da Costa, Benedito Luiz da Silva e Moacyrio Bruno dos Santos. À exceção do último, todos estão presos. O MPF também requereu à Justiça Federal a inclusão dos dois primeiros acusados em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), como forma de impedir a constante comunicação entre ambos e com os demais integrantes da quadrilha.

A denúncia, oferecida pelo procurador da República Fabio Seghese, foi recebida pela Justiça Federal, dando origem a uma ação penal pública. Os dez denunciados responderão pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico internacional de entorpecentes. Se condenados, suas penas devem ser agravadas por se tratar de crimes de tráfico praticados no interior de estabelecimentos prisionais.

O procurador Fábio Seghese diz na denúncia que "Robinho do Dendê é a expressão acabada da falência do sistema penitenciário brasileiro". "Detentor de extensa folha de antecedentes criminais e apontado pela Polícia Federal como assaltante perigoso, a condição de encarcerado no complexo de Bangu não o privou do acesso fácil e indiscriminado a diversos aparelhos celulares no decorrer das investigações", assinala.





Fonte: O Dia

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