Conquistador do 'Orkut' planejava mais um golpe
Mulheres solitárias e carentes eram alvo fácil para Kléber. A polícia descobriu que ele as envolvia com promessas de amor e tirava tudo que podia delas. “Ele se aproximava dessas pessoas, fortalecia os laços e criava essa relação de dependência para obter inúmeros favores: bens, dinheiro. E depois, quando essa pessoa não mais o servia, ele a abandonava e levava à morte”, conta o delegado da Polícia Civil Antônio José Romeiro.
Pacto de morte
Kléber se dizia agente secreto de Israel, ele se apresentou para a técnica judiciária Maria Aparecida como agente Yussef. “O sonho da Cida era casar e ter filhos. Para ela, filhos só depois de casada”, conta a amiga da vítima, Inácia Araújo.
Cida descobriu que Kléber era casado e tentou sair do relacionamento. Mas, segundo as amigas, ela era manipulada por ele. Cida fez muitas dívidas para ajudá-lo, comprou um carro importado, vendeu um apartamento no Setor Sudoeste (área nobre de Brasília) e, sem conseguir se livrar do relacionamento, caiu em depressão. “Ele alimentava esse envolvimento afetivo porque sabia que era a fragilidade dela”, diz outra amiga de Cida, Diana de Lima.
O casal combinou um encontro em uma suíte no Setor de Hotéis e Turismo Norte. Maria Aparecida foi encontrada envenenada e morreu depois de passar quatro dias na UTI, no último dia 12. Kléber prometeu para Cida que o romance dos dois teria um final como o de Romeu e Julieta. “Ele mesmo disse, durante o interrogatório, que fez um pacto de morte com a vítima“, revela o delegado Romeiro.
Primeira vítima
Sônia, de 41 anos, era solteira e tinha o mesmo sonho de Cida: casar e ter filhos. Funcionária da Câmara dos Deputados, vendeu tudo para presentear Kléber. Com câncer, Sônia definhou e morreu endividada.
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