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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 19 de Março de 2007 às 08:44

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Uma estratégia baseada na valorização do técnico que atua diretamente na lavoura de algodão, em Mato Grosso, é apontada como uma grande reviravolta na metodologia de combate à praga do bicudo no estado. Os técnicos estão criando associações nos municípios produtores de algodão e desenvolvendo ações para eliminar a praga responsável pelo aumento no custo de produção e perdas de produtividade.

“São eles (os técnicos) que vivem o dia a dia, sabem as conseqüências e têm recursos para sanar o problema”, destaca o consultor técnico da Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa), Wilhelmus Uitdewilligen. A entidade, que reúne os 350 cotonicultores do estado, está estimulando a formação das associações porque acredita que este é o início de um movimento positivo de conscientização dos produtores pequenos, médios e grandes. Até então, de acordo com o consultor técnico, o combate ao bicudo dependia da fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), da secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder-MT). Incentivando as associações, a Ampa espera resultados concretos dentro de dois a três anos.

A primeira associação de técnicos para combater o bicudo do algodoeiro, em Mato Grosso, foi criada no início deste ano, na Serra da Petrovina, sul do estado. A iniciativa partiu de um grupo disposto a mudar a realidade da cotonicultura mato-grossense e foi tão bem aceita que já no terceiro encontro, 170 técnicos participaram do treinamento com um dos maiores especialistas no assunto, no país, o etnólogo do Instituto de Agropecuária do Paraná (Iapar), Walter Jorge dos Santos.

Os técnicos, mais do que ninguém sabem os riscos que a cultura enfrenta. Nesta safra, em alguns municípios, como Campo Verde, Primavera do Leste e Rondonópolis, onde se concentram grandes cotonicultores e 70% da produção do estado, o alto índice de infestação do bicudo vai exigir onze aplicações de inseticida.

A produção de algodão em caroço nestes três municípios gira em torno 3.750 kg por ha e sete fardos e meio em pluma. Nesta região, em 2006, os produtores registraram a captura de até 50 bicudos, por semana, nas armadilhas distribuídas na lavoura.





Fonte: 24HorasNews

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