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Economia
Domingo - 18 de Março de 2007 às 10:24
Por: Edilson Almeida

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Os empresários de Mato Grosso querem que o Banco do Brasil, agente financeiro do Fundo do Centro-Oeste (FCO), reveja as regras de liberação dos financiamentos. Razão é simples: o dinheiro do fundo não está chegando onde mais deveria chegar, ou seja, para os micros e pequenos empresários. “O Banco do Brasil precisa financiar empresas que realmente necessitam de recursos financeiros” – disse o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Calçados e Couros do Estado de Mato Grosso (Sincalco), Mário Zanatta, ao criticar as regras do negócio.

Segundo ele, o acesso ao dinheiro do fundo está difícil. Isso vem fazendo com que Mato Grosso devolva todos os anos aparte destinada ao fomento programada para o Estado. Este ano, o Conselho Deliberativo do FCO, programou quase R$ 700 milhões de financiamentos no Estado. O principal cliente do fundo são os grandes empreendimentos. Do total de recursos previstos, 40% dos recursos serão destinados para o segmento empresarial e 60% para o FCO Rural. Ainda assim, mesmo os mais de R$ 250 milhões previstos para o FCO Empresarial deixarão de ser acessados.

O secretário Alexandre Furlan afirmou que as reclamações apresentadas pelo setor com relação ao FCO estão sendo levadas por ele há quatro anos ao Conselho do FCO (Condel). “Desde que nos tornamos representante de Mato Grosso no Condel-FCO estamos cobrando maior celeridade por parte do Banco do Brasil na análise dos projetos e melhor aplicação dos recursos do Fundo destinados ao Estado. Em 2007 já conversamos com o superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso, Renato Barbosa, e ele nos garantiu que fará o possível para aplicar 100% dos recursos no Estado” - garante o secretário.

Além dos problemas enfrentados na obtenção de financiamentos, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso (FCDL) apresentou um outro problema: os entraves burocráticos da fiscalização da Secretaria de Fazenda nos postos fiscais de entrada de mercadorias no Estado de Mato Grosso. “Pedimos ao secretário que interceda junto à Sefaz no sentido de que sejam paralisadas as atitudes arbitrárias do fisco estadual, para que a parceria entre o empresário e estado continue de forma harmônica, sem que o setor tenha que socorrer-se, coletivamente, do judiciário para terem resgatados os seus direitos” - afirma o presidente da FCDL, Paulo Silva.

Furlan garantiu aos empresários que os problemas apresentados durante a reunião serão devidamente acompanhados pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, por meio da Superintendência de Indústria e Comércio e da Unidade Gestora de Política Comercial. “Garantimos que vamos continuar a tratar dos assuntos abordados pelos empresários com a ênfase necessária” – prometeu.

A reunião que discutiu FCO e outros problemas como as demandas na área fiscal dentro do segmento empresarial de Mato Grosso, segundo o secretário de Desenvolvimento do Turismo, Pedro Nadaf, marcou o início da articulação entre as entidades públicas e privadas para o incremento do setor comercial mato-grossense. “Esse encontro foi muito positivo e abriu um canal de comunicação entre o Governo do Estado de Mato Grosso e as entidades representativas do setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso” - avaliou.

Participaram da reunião, realizada nesta sexta-feira (16.03), representantes da Sicme, Fecomércio, FCDL, Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), Sebrae-MT, Sincalco, Sindicato Intermunicipal do Comércio de Tecidos, Confecções e Armarinhos de Mato Grosso (Sincotec), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso (Facmat), Sindicato Mato Grossense de Armazéns Gerais (Sindimag) e do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Cuiabá (Sincofarma).





Fonte: 24HorasNews

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