Com pole na estréia, Raikkonen entra para história da Ferrari
Antes do feito de Kimi, apenas dois outros pilotos cravaram a pole em suas corridas de estréia pelo time de Maranello, na longínqua década de 50.
A primazia foi de Giuseppe Farina, campeão em 1950 pela Maserati. O italiano chegou à Ferrari em 1952 e, de cara, fez a pole para o GP da Suíça. Na corrida, liderava até ter um problema mecânico. Piero Taruffi, seu companheiro de equipe, herdou a vitória --a única da carreira.
O outro ferrarista que foi pole logo em sua primeira corrida pela escuderia foi Juan Manuel Fangio. Grande contratação da equipe para 1956, o argentino saiu na frente para a etapa de Buenos Aires, mas teve um problema na bomba de combustível e foi obrigado a parar nos boxes.
Enzo Ferrari não teve dúvidas: ordenou prontamente que Luigi Musso, em outro carro da equipe, desistisse da prova e entregasse a direção a Fangio. A prática era permitida --e comum-- na época. O argentino compensou o sacrifício do parceiro com a vitória, diante de sua torcida.
Para dimensionar a relevância da marca de Raikkonen, é preciso observar também como os ídolos recentes da Ferrari estrearam em treinos de classificação.
Michael Schumacher --72 vitórias e 58 poles no time-- começou sua trajetória com um quarto lugar, na Austrália-96. Só foi ser pole na quinta prova, em San Marino. Gilles Villeneuve, outro ídolo histórico de Maranello, foi apenas 17º em seu grid de estréia.
Alain Prost, maior rival de Ayrton Senna e tetracampeão mundial, passou duas temporadas na equipe. Em 30 GPs, nunca foi além do segundo lugar no grid de largada.
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