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Sábado - 17 de Março de 2007 às 13:14

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O assentamento “Carandazinho – Grupo de Raízes”, localizado a seis quilômetros da cidade de Poconé (104 quilômetros de Cuiabá), deu um passo importante para iniciar sua produção alimentícia e fixar de vez as famílias que estão naquela terra. Já que na tarde de quinta-feira (15.03) recebeu a visita de um representante de Brasília ligado diretamente aos programas de Agricultura Familiar. O secretário de Reordenamento Agrário, Eugênio Conolly Peixoto, pôde ver de perto como as famílias estão utilizando os recursos disponibilizados pelo Governo Federal, em parceria com os órgãos ligados à Secretária de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder).

A visita ao assentamento foi coordenada pelo setor de Agricultura Familiar da Seder e contou com a presença do delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Diter Metzner; secretário Adjunto da Agricultura Familiar; Jilson Francisco da Silva; secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Sustentável, César Augusto; coordenador da Unidade Técnica, Amauri Campos; com técnicos da Seder, políticos locais e com a grande maioria das famílias dos assentados.

Os primeiros recursos disponibilizados aos novos donos da terra foram cedidos há cerca de 90 dias pelo Banco do Brasil a partir do Programa Nacional de Crédito Fundiário, por meio do qual os assentados puderam construir suas casas, estradas e garantir a segurança alimentar de suas família por um período de seis meses. Conforme o programa, só depois de provado que os primeiros recursos foram utilizados corretamente, é que os assentados poderão contratar uma empresa para elaborar o projeto que lhes dará acesso aos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Cada uma das 45 cinco famílias fixadas nos 430 hectares de terra do assentamento Carandazinho tiveram direito a 10 hectares, dos quais 35% têm que ser mantidos intactos devido à lei ambiental de preservação da natureza. O investimento inicial foi na ordem de R$ 1,290 milhões, sendo que cada família recebeu um montante de R$ 40 mil. Depois de aprovado os recursos do Pronaf, serão liberados mais R$ 18 mil para cada família. Os assentados terão uma carência de 5 anos para começarem a pagar e um período de 10 anos para concluírem o saldo da dívida.

Grupo de raízes

O assentamento Carandazinho – Grupo de Raízes, antes era a Fazenda Campão Grande. Ele recebeu esse nome porque a maioria dos assentados era de uma família, a qual teve a terra vendida e foi para a cidade. Depois de 30 anos, alguns dos membros dessa família se reuniram e decidiram lutar pela posse da terra que antes lhes pertenceram.

O seu Jair da Silva Arruda, de 48 anos, é neto do primeiro proprietário da terra. “Para nós é uma benção termos nossa terra de volta, que foi vendida por meus pais no passado. Queremos agradecer a todos e dizer que sabemos da nossa obrigação de pagar por tudo que o governo está nos proporcionando”, disse.

Nos 90 dias que as famílias estão instaladas na terra já há uma expressiva plantação de milho, mandioca, abóbora e banana, isso sem ter saído os recursos do Pronaf.

O secretário de Reordenamento Agrário, Eugênio Conolly Peixoto, falou sobre o programa agrário do governo federal em parceria com o estadual. “O que todo brasileiro trabalhador tem que saber é que o governo não está dando nada de graça a ninguém. Os senhores são os donos dessa terra, o que o governo está fazendo é facilitar esse benefício. Todos têm o direito de plantar, colher e comercializar essa produção para ter uma vida digna. Essa oportunidade de ver a forma como vocês estão organizados é uma grande satisfação e a garantia de o que o governo está fazendo pelo pequeno produtor está dando certo”, analisa.





Fonte: O Documento

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