Babá mata o filho e enterra no quintal, em Sapezal
Após negar por várias vezes que tivesse matado a filha, Márcia acabou contando ao delegado da Polícia Judiciária Civil de Sapezal, Francisco Kunze Junior, que havia batido a cabeça da criança no tanque da casa. "As primeiras informações não coincidiam com os laudos e durante conversa, Márcia acabou contando como ocorreu".
A criança morreu, segundo laudo do legista, por traumatismo craniano. Depois de matar a filha, ela pegou uma caixa de sapatos para colocar o corpo e enterrar no quintal. Como um dos braços ficava para fora do "caixão" improvisado, a babá cortou o membro com uma faca. Ela ainda lavou a criança e cavou um buraco onde enterrou a filha e cobriu o local com duas telhas.
No dia seguinte ao crime, o corpo da criança apareceu em frente a casa e foi encontrado pela dona da residência, que chamou a polícia.
A polícia ainda não sabe como o bebê foi parar em frente da casa. O delegado acredita que alguém possa ter visto o momento que Márcia enterrou o corpo e decidiu tira-lo da cova. A hipótese de algum animal ter desenterrado foi descartada porque não haviam rastro no local, nem marca de dentes na criança.
Márcia trabalhava como babá de uma outra menina e sempre teve muito carinho pela garota. A mãe contou a polícia que cometeu o crime por medo da dona da casa, que desaprovava o namoro com um adolescente de 16 anos. Somente o rapaz sabia da gravidez. Márcia teve a criança sem a ajuda de ninguém, em um momento que estava sozinha.
Ela pode ser indiciada por infanticídio (por estar em estado puerperal, que altera o psicológico da mulher) e ocultação de cadáver. O infanticídio tem pena mais branda que o homicídio. Porém, não está descartada o julgamento por assassinato. Como não foi presa em flagrante, Márcia está em liberdade.
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