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Economia
Sexta - 16 de Março de 2007 às 14:57

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Os reajustes das tarifas de energia elétrica no ano passado foram os menores nos últimos anos, só ficando acima dos registrados em 1998, quando os aumentos atingiram 5,37%. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o aumento médio em 2006 atingiu 5,98% em relação à média de 2005, quando foram de 19,93%. Em 2004, as altas somaram 18,07%, em 2003 atingiram 16,85% e 16,41% em 2002.

Ao longo dos quatro anos do governo Lula, os aumentos acumularam variação de 75,34%, bem acima dos 49,5% contabilizados nos quatro anos anteriores. A tarifa média de energia elétrica no País em 2006 ficou em R$ 250,83 por MW/h, incluindo os consumidores industriais, residenciais, rural e governo.

Os técnicos do setor prevêem que a tendência para 2007 é de que as tarifas tenham reajustes menores do que em 2006 e não descartam até uma deflação este ano. No processo de revisão das distribuidoras Coelce (Ceará) e da Ampla (Rio de Janeiro) já houve um primeiro sinal. A Aneel reduziu em 6,7% as tarifas da Coelce e em 5% as da Ampla. As duas distribuidoras tinham tarifas bem acima da média nacional, com a Ampla registrando tarifa residencial de R$ 359,73 por MW/h e a Ampla com R$ 368,05 (após a redução). No final do ano passado, a tarifa média residencial no País estava em R$ 294,91 por MW/h, pelos dados da Aneel.

Um "teste" da disposição da Aneel em reduzir as tarifas será nas revisões dos preços da Cemig e da CPFL Paulista, previstas para o início de abril. A Cemig, que tem o virtual monopólio em Minas Gerais, tem a quarta tarifa mais alta do setor, com a média de R$ 406,71 por MW/h. Nos últimos anos foi uma das empresas mais rentáveis do setor. A tarifa da CPFL Paulista, do grupo CPFL Energia, está em R$ 326,45 por MW/h, o que sinaliza que haveria menos "gordura" para cortar.

A redução foi viabilizada por três fatores, conforme técnicos da Aneel. Um dos aspectos mais relevantes foi a redução do chamado "risco Brasil", que barateou o custo de capital para as empresas do setor, um dos segmentos caracterizados como "capital intensivo". Além disso, o governo prevê a redução do consumo de derivados de petróleo para a geração de energia elétrica, com um peso menor na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). O terceiro fator é que os mega-leilões de energia velha, realizados no final de 2005, comecem a trazer impacto efetivo nas contas das distribuidoras, com a redução da tarifa média de geração.





Fonte: AE

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