Procurador não irá ao TSE testemunhar no caso dos sanguessugas

O procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, garante que, apesar de seu nome constar na lista de testemunhas a serem ouvidas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na representação 1.176, que investiga a suposta compra de um dossiê contra políticos tucanos durante a campanha presidencial de 2006, não foi notificado, e por isso, não irá comparecer.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro César Asfor Rocha, ouvirá as testemunhas que comparecerem.

O dossiê em questão é aquele que teria imagens de políticos do PSDB em eventos da Planam, empresa que, no esquema, conforme a PF, vendia ambulâncias superfaturadas a prefeituras, com dinheiro federal e mediante licitações fraudulentas, assinadas por prefeitos envolvidos.

Os petistas teriam tentado comprar o material para usar na campanha ao governo paulista. Avelar e mais quatro testemunhas foram indicadas pela coligação “Por um Brasil Decente” (PSDB-PFL).

Os depoimentos serão tomados na sala da Corregedoria Geral, no TSE. De acordo com a decisão do ministro, as testemunhas deverão comparecer independentemente de intimação.

As outras testemunhas são os delegados federais Geraldo Pereira e Edmilson Bruno e os jornalistas Sônia Filgueiras e Expedito Filho. Inicialmente, as testemunhas seriam ouvidas no dia 10 de novembro passado. Contudo, a audiência foi cancelada por questões internas.