Pessoas devolvem voluntariamente dinheiro perdido em queda de avião
Equipes de policiais continuam as buscas ao dinheiro, que estava sob responsabilidade da Nordeste Segurança. Pelo menos nove pessoas foram detidas para prestar depoimento por participarem do saque. Todas elas moram na comunidade de Maracangalha ou no assentamento do Movimento Trabalhadores Sem Terra (MST), distantes cerca de 20 minutos a pé do local do acidente.
Na queda, quatro pessoas morreram, Renildo Moraes dos Santos, Armando Dantas Ferreira e os pilotos Genésio Barbosa e José Leão Bezerra de Araújo. Os dois primeiros eram funcionários da empresa de transporte de valores, Bata Táxi Aéreo, contratada para levar a quantia a alguns bancos de Salvador.
Os primeiros valores começaram a ser resgatadas pelos policiais no início da última quarta-feira, cerca de seis horas após o acidente. Depois de ser apontado por moradores, um dono de bar conhecido por “Alumínio” indicou aos agentes o barraco onde estavam escondidos R$81,73 mil. Pouco depois, policiais que seguiam um grupo de saqueadores pelo matagal recuperaram um malote com R$150 mil. Ninguém foi preso. Novas buscas foram feitas e no período da tarde encontraram R$165 mil que se somaram ao total apreendido, que até às 19h da última quinta-feira, somava cerca de R$400 mil.
Segundo informações da “Agência Nordeste”, não há chances de o dinheiro ser encontrado através de rastreamento pelo número de série. De pequeno valor, as cédulas eram usadas e estavam amarradas com fitas de vários bancos – Bradesco, Banco do Brasil, Unibanco e Itaú. O superintendente regional da Nordeste Segurança, Nelson Correia, que tem a responsabilidade sobre o montante, afirmou que não pode divulgar o nome do cliente a quem pertenciam os R$ 5,56 milhões para não quebrar a cláusula de confidencialidade do contrato. A quantia estava no seguro. Ele afirmou ainda que “confia no trabalho da polícia baiana no resgate do dinheiro”.
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