Mãe encontra filha seqüestrada pelo pai há seis anos
A mãe contou ontem que nos últimos anos viveu imaginando qual seria o cheirinho das roupas da filha, levada ainda bebê, e beijava uma foto, que foi publicada em cartão-postal para ajudar na localização. “O pior era acordar de manhã e não ter a Steffany do meu lado”, disse. “Solidão era não ver o rosto, não poder cuidar dela e ouvir, muitas vezes, as pessoas me dizendo para desistir de tudo; mas não desisti.”
A motivação do seqüestro teria sido uma vingança do pai, que não aceitou a separação judicial de Mayonara, após quatro anos de casamento. “Ele me avisou que iria fazer exames e que levaria a Steffany para fazer companhia; uma hora depois me ligou dizendo que jamais a devolveria”, contou.
“Só depois de três anos de buscas eu decidi que deveria pedir ajuda à Delegacia de Proteção à Criança”, disse Mayonara. “Eu cheguei a duvidar que a policia agiria a meu favor.”
Segundo a Polícia, foram 15 meses de investigações, com mandatos de busca e apreensão itinerantes, escutas telefônicas, depoimentos de vizinhos e parentes. “Deu certo, encontramos a Steffany e agora ela pode voltar para casa”, disse a delegada Adriana Accorsi, da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), em Goiânia.
Agora, Steffany vai morar com a mãe, o padrasto e um irmão, em Goiânia. No mês que vem terá uma festa para comemorar os 7 anos de vida. A primeira ao lado da família.
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