Brasil supera Canadá e Espanha até 2010, avalia banco
De acordo com o estudo de O'Neill sobre os Brics (sigla que reúne Brasil, Rússia, Índia e China), para se manter entre as seis maiores economias do mundo, até 2050, o Brasil teria de registrar avanço "só" 3,5% ao ano. Além destes quatro países, também permaneceriam entre as maiores potências Estados Unidos e Japão. "Me divirto muito quando perguntam sobre a concorrência (do Brasil) com a China e Índia. É impossível crescer da mesma maneira que países que têm mais de 1 bilhão de pessoas, pois para crescer 8% ou 9% ao ano tem de haver muita gente", disse o economista em encontro com jornalistas, realizado no Hotel Emiliano, em São Paulo.
Apesar de o País ter registrado expansão de 2,9% no ano passado, O'Neill mantém sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5% ao ano. "De repente o Brasil pode ter um desempenho até melhor do que o imaginado", considerou. Isso porque, segundo ele, o País possui muitos recursos a serem explorados. E, de acordo com o economista, o Brasil tem hoje uma condição econômica melhor do que há cinco anos, quando a expressão Brics foi usada pela primeira vez. "Nós não percebemos, na ocasião, que Brasil e Rússia eram donos de muitas coisas que a China e a Índia precisavam. E esta é uma imensa vantagem", afirmou.
Ele enfatizou ainda que o comércio entre os Brics tem apresentado crescimento acima da expansão do comércio geral.
Comentários