Promotores denunciam chefe da Casa Militar do PA
Além dos coronéis, o prefeito de Marabá, Sebastião Miranda, o fazendeiro Aziz Mutran Neto, o dono de uma rede de supermercados e de uma loja de departamentos também estão entre os denunciados. Os promotores José Luiz Brito Furtado, Edvaldo Pereira Sales, Júlio César Souza Costa, Josélia Leontina Lopes e Viviane Lobato Sobral, que assinam a denúncia, afirmam que os policiais do 4º Batalhão trabalhavam usando fardas, viaturas e armas da PM em serviço particular.
A promotora Viviane Lobato disse que a prefeitura repassava mensalmente dinheiro para a PM. Eram R$ 5 mil usados para pagar os policiais pelo "bico" que eles faziam no horário de expediente do quartel. A denúncia dos promotores foi aceita pelo juiz Marcelo André Simão Santos, da comarca de Marabá.
Policiais escalados para trabalhar nas barreiras de veículos dentro da cidade revelaram em depoimento que também tinham a determinação de arrecadar determinada quantia em dinheiro e repassá-la ao comando do 4º Batalhão. Uma das provas é um vídeo onde policiais aparecem recebendo propina de caminhoneiros na antiga barreira, na cabeceira da ponte rodoferroviária do rio Tocantins. Eles confirmaram que recebiam a quantia mensal de R$ 350,00, cada um, para trabalhar durante 15 dias ali.
A governadora Ana Júlia mantém silêncio sobre a acusação do Ministério Público ao coronel Coelho. Na Casa Militar ninguém quer falar sobre o assunto, alegando que Coelho só irá se manifestar depois de receber notificação da justiça. Margalho também não foi localizado para apresentar sua versão. O celular dele estava desligado.
Comentários