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Economia
Quarta - 14 de Março de 2007 às 15:31

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O secretário-executivo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), José Luis Machinea, afirmou nesta quarta-feira, 14, que ambas as regiões estão no caminho certo para reduzir os níveis de pobreza até os estabelecidos nos Objetivos do Milênio da ONU para 2015.

"O progresso é ligeiramente melhor do que o esperado para 2006, e países como Brasil e Chile já cumpriram com sua parte", afirmou Machinea em Tóquio, durante um seminário organizado pela Universidade das Nações Unidas (UNU) e pelo Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID).

No evento, o secretário-executivo da Cepal proferiu uma palestra sobre os desafios sociais e econômicos na América Latina e no Caribe, destacando a agenda de desenvolvimento para a região.

Os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio adotados por todos os países da ONU na cúpula de 2000 da organização incluem a redução da pobreza extrema e da fome, o acesso universal à educação primária, a promoção da igualdade entre homens e mulheres, a redução da mortalidade infantil e a melhoria da saúde materna.

Apesar da mensagem de otimismo, Machinea disse que o crescimento econômico da América Latina e do Caribe "não é suficiente" para alcançar o ritmo imposto pelos países asiáticos em vias de desenvolvimento.

Segundo o secretário-executivo da Cepal, a "chave do desenvolvimento latino-americano está em diversificar a economia" e fugir de uma produção concentrada no setor primário. Para isso, Machinea exortou os países latino-americanos a investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Segundo dados da Cepal, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita da América Latina e do Caribe cresceu nos últimos quatro anos a um ritmo anual de 3%, o mesmo que o aumento total registrado entre 1980 e 2003.

No entanto, "é necessário reduzir a desigualdade na distribuição da riqueza, além de melhorar a coesão interna dos países para continuar avançando", afirmou Machinea, já que, apesar de "a pobreza extrema ter caído cerca de 25% em quatro anos", os níveis de pobreza continuam altos.

O bom comportamento da economia mundial, a qual Machinea não acredita que "entrará em crise, apesar de o crescimento americano estar perdendo força", joga a favor da América Latina e do Caribe, já que favorece o envio de remessa de dinheiro de emigrantes.

No entanto, segundo o secretário-executivo da Cepal, os países da região deveriam aumentar sua participação no comércio internacional.





Fonte: EFE

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