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Quarta - 14 de Março de 2007 às 15:16

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O atacante Leandro, do São Paulo, se defendeu das acusações santistas e disse que o clube foi o responsável pela adulteração de sua idade, prática chamada de "gato" na gíria do futebol, na época em que ele atuava nas categorias de base do time alvinegro.

"Engraçado, quem me levou para fazer esses documentos foi um funcionário do Santos chamado Expedito. Então quem será que estava errado? Eu abandonei o Santos por conta própria", disse o jogador, que renovou contrato com o São Paulo até 2009 na última terça-feira.

De acordo com Leandro, quando seu pai soube da alteração nos documentos, mandou que ele voltasse imediatamente para Ribeirão Preto, sua cidade natal. Lá, ele passou a atuar pelo Botafogo, mas teria recebido constantes ligações de dirigentes santistas.

"Eles queriam que eu voltasse. Recentemente houve um caso semelhante no Santos (com o garoto Karioca), então nem preciso dizer quem estava errado", defendeu-se.

Já o diretor jurídico do Santos, Mário Mello, comentou que Leandro adulterou a idade no início de carreira e depois sumiu do clube.

"A história é que ele jogava com o documento do irmão. Quando foi descoberto, ele foi embora. Deve ser por isso que tem raiva do Santos", afirmou Mello.

Leandro disse, no último domingo, após o clássico entre Santos e São Paulo (1 a 1), na Vila Belmiro, que o técnico Vanderlei Luxemburgo era mau-caráter. Além disso, o atacante reclamou do excesso de vontade dos jogadores santistas, que teriam utilizado violência nas faltas.

Sob ataque do são-paulino, o zagueiro Antonio Carlos mandou uma mensagem, na última segunda-feira, ao colega de profissão.

"O Leandro é mentiroso desde o início da carreira, quando começou a jogar nas categorias de base. Ele sabe perfeitamente o que estou falando. Não preciso explicar", afirmou.

O atacante jogou pelo Sub-15 do Santos em 1998. Na época, ele tinha 18 anos e não usava o nome de batismo. Em Santos, chamava-se Tiago, nome de um primo (ou de um irmão, segundo outra versão).

Entre os colegas de equipe, Leandro era conhecido como Tiago Cheirinho. Seu técnico era Eduardo Jenner, o mesmo que levou Diego para o Santos.

O jogador teria chegado à Vila Belmiro depois de uma passagem pela Portuguesa Santista, de acordo com dirigente do futebol amador ouvido pela reportagem.

Depois do sumiço, o Santos só veria novamente o atleta quando ele despontou no Botafogo-SP, em 2001. Mas aí, ele estava com a documentação regularizada e já era chamado de Leandro.





Fonte: Terra

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