São-paulino acusa Santos de formar "gatos"
"Engraçado, quem me levou para fazer esses documentos foi um funcionário do Santos chamado Expedito. Então quem será que estava errado? Eu abandonei o Santos por conta própria", disse o jogador, que renovou contrato com o São Paulo até 2009 na última terça-feira.
De acordo com Leandro, quando seu pai soube da alteração nos documentos, mandou que ele voltasse imediatamente para Ribeirão Preto, sua cidade natal. Lá, ele passou a atuar pelo Botafogo, mas teria recebido constantes ligações de dirigentes santistas.
"Eles queriam que eu voltasse. Recentemente houve um caso semelhante no Santos (com o garoto Karioca), então nem preciso dizer quem estava errado", defendeu-se.
Já o diretor jurídico do Santos, Mário Mello, comentou que Leandro adulterou a idade no início de carreira e depois sumiu do clube.
"A história é que ele jogava com o documento do irmão. Quando foi descoberto, ele foi embora. Deve ser por isso que tem raiva do Santos", afirmou Mello.
Leandro disse, no último domingo, após o clássico entre Santos e São Paulo (1 a 1), na Vila Belmiro, que o técnico Vanderlei Luxemburgo era mau-caráter. Além disso, o atacante reclamou do excesso de vontade dos jogadores santistas, que teriam utilizado violência nas faltas.
Sob ataque do são-paulino, o zagueiro Antonio Carlos mandou uma mensagem, na última segunda-feira, ao colega de profissão.
"O Leandro é mentiroso desde o início da carreira, quando começou a jogar nas categorias de base. Ele sabe perfeitamente o que estou falando. Não preciso explicar", afirmou.
O atacante jogou pelo Sub-15 do Santos em 1998. Na época, ele tinha 18 anos e não usava o nome de batismo. Em Santos, chamava-se Tiago, nome de um primo (ou de um irmão, segundo outra versão).
Entre os colegas de equipe, Leandro era conhecido como Tiago Cheirinho. Seu técnico era Eduardo Jenner, o mesmo que levou Diego para o Santos.
O jogador teria chegado à Vila Belmiro depois de uma passagem pela Portuguesa Santista, de acordo com dirigente do futebol amador ouvido pela reportagem.
Depois do sumiço, o Santos só veria novamente o atleta quando ele despontou no Botafogo-SP, em 2001. Mas aí, ele estava com a documentação regularizada e já era chamado de Leandro.
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