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Nacional
Quarta - 14 de Março de 2007 às 14:24

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Após afirmar que o Banco Central precisa cumprir a exatamente o centro da meta de inflação, de 4,5%, o ministro Guido Mantega (Fazenda) recuou e disse que foi mal interpretado.

"Eu não sou favorável ao aumento da inflação. É uma conquista da sociedade. Essa conquista deve ser mantida. O ideal seria a inflação da Suíça, de 1%, e o crescimento da China [cerca de 10% no ano passado]", disse ao sair do Ministério da Fazenda.

Ontem, em audiência pública no Senado Federal, o ministro disse que "o BC tem, sim, de cumprir o centro da meta de 4,5%".

A inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador do sistema de metas, ficou em 3,14% --dentro da margem de tolerância de dois pontos para cima ou para baixo. Um dos motivos para o centro da meta não ter sido atingido foi a taxa de juros em um patamar elevado, que inibiu o crescimento. Hoje, a Selic está em 12,75% ao ano.

Para o ministro, a declaração dada por ele ontem foi deturpada pela imprensa e que ele não defende inflação maior. Ontem, ele disse que o crescimento da economia e uma estabilidade ou pequena desvalorização do real frente ao dólar permitiriam ao BC "nos entregar, tranqüilamente, algo como 4,5%, 5% de inflação".

O valor desejado por Mantega está acima da previsão média dos analista de mercado, que é de 3,87%. Hoje, ele mudou um pouco o discurso. "Crescimento maior com inflação menor é o melhor dos mundos. O que não pode é perseguir inflação menor e sacrificar o crescimento", disse.





Fonte: Folha Online

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