Brasil pode ser líder mundial na soja
Muraro acredita que, em cinco anos, os brasileiros consigam alcançar o mesmo volume. Mas há aspectos negativos. Segundo ele, haverá aumentos de preços de insumo e também das carnes de frango e suína; milho e soja são os principais componentes da ração para os animais. O secretário estadual da Agricultura, João Carlos Machado, observou que o futuro para os sojicultores é muito promissor com a nova alternativa, por meio de sua transformação em biodiesel. Machado ressaltou que o cenário é ainda mais favorável se considerada a perspectiva de queda da produção norte-americana de 6% a 9% já nesta safra, o que fará o preço do produto aumentar.
O assunto também foi destaque no 3º Seminário sobre Novos Enfoques para o Agronegócio Brasileiro, do qual participou o pesquisador da Embrapa Elísio Contini. "Estávamos em um cenário demarcado com preços descendentes e até baixos e, de um momento para outro, a cotação do grão sobe e as perspectivas de plantação nos EUA crescem", disse Contini, destacando que, como não há área disponível para plantio da oleaginosa em solo americano, a produção dos EUA tende a decrescer. "Deve-se levar em conta que haverá um mercado para a soja a que os americanos não conseguirão atender e quem irá suprir essa demanda serão o Brasil e a Argentina." Outra previsão de Contini é que o produtor brasileiro produza, nos próximos dez anos, 90 milhões de t de soja e 80 milhões de t de milho. "O Brasil poderá chegar perto da produção norte-americana de soja, que é a maior do mundo."
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