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Polícia Brasil
Quarta - 14 de Março de 2007 às 13:27

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O ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Pará, Raul Pinto de Souza Porto, foi preso na casa dele, em Belém (PA), na manhã desta quarta-feira, por agentes da Polícia Federal. Ele é suspeito de participar do esquema de recebimento de propina para favorecer madeireiras locais, com a liberação de documentação autorizando transporte e comércio de madeira ilegal.

A prisão faz parte da operação Ananias, iniciada no dia 1º de março e que acontece na capital e em mais cinco municípios do interior do Estado. Raul Porto é o terceiro funcionário da Sectam preso na operação. Ele foi apontado como integrante no esquema pela despachante de uma madeireira, presa no primeiro dia da operação Ananias.

"A mulher confessou que era a ponte entre a secretaria e madeireira na receptação desses documentos", explicou o delegado da Polícia Federal no Pará, Ualame Fialho. Também no começo da ação foram presos o meteorologista Newton Carlos Riker e o engenheiro florestal, Ivan da Costa Lobato, ambos funcionários da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente.

Na casa do ex-secretário os policiais apreenderam a quantia de R$ 7,7 mil, em dinheiro, além de vários documentos e computadores que serão periciados. Ele foi encaminhado à sede da Polícia Federal em Belém, onde prestará depoimento e ficará recluso. A prisão dele é temporária, equivalente a cinco dias.

Ao todo trinta e cinco pessoas já foram presas entre Belém e os municípios de Altamira, Santarém, Uruará, Placas e Itaituba, no oeste do Estado, desde que ação começou. Entre os presos estão madeireiros, empresários e despachantes. Todos são acusados de participar de um esquema de fraude para favorecimento de madeireiras. Segundo as investigações, a documentação que autorizava o transporte e comércio da madeira era feita mediante de pagamento de propina.

A operação cumpriu mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal do Pará, mas outros mandados ainda podem ser solicitados. "Se surgirem novos nomes depois da análise da documentação, vamos pedir mais mandados à Justiça", finalizou o delegado Ualame Fialho.





Fonte: Terra

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