Nortão não deve enfrentar problemas com armazenagem da safrinha
Segundo o presidente Rui Geraldo Costa Roussenq, grande parte dos armazéns registraram uma redução na armazenagem da soja. “Alguns armazéns estão vazios. Podemos dizer que, em média, receberam cerca de 60% da quantidade esperada nesta safra, o que deve acarretar na redução dos lucros para as empresas”, esclareceu.
Roussenq lembra que, em safras anteriores, o cenário era diferente. Lotados com soja, as empresas não tinham mais espaço para o milho safrinha. “Este ano não há fila de caminhões nos armazéns esperando para descarregar a soja, também constatamos que houve uma diminuição da lenha utilizada para secagem”, acrescentou.
Outros fatores destacados pelo presidente são os leilões da Conab, que estão vendendo os estoques de milho da região, e também a estiagem que pode afetar a rentabilidade nas lavouras de milho. "Temos que esperar os próximos meses para ver como será o clima", salientou.
Só em Lucas do Rio Verde, apontado como maior produtor do milho safrinha do país, foram cultivados 160 mil hectares. A previsão da Secretaria de Agricultura é que sejam colhidos cerca de 600 mil toneladas. Sorriso dobrou a área plantada, chegando a 220 mil hectares.
A capacidade de armazenagem nas regiões Norte e Nordeste, que abrange mais de 30 municípios, é de cerca de 7,2 milhões de toneladas, conforme o Siagen. Sorriso comporta o maior volume, com espaço para duas milhões de toneladas. “A produção do milho deve chegar a cerca de R$ 2,8 milhões de toneladas”, concluiu Roussenq.
Mesmo assim, parte do setor está preocupada com a falta de armazéns e também vai aguardar as próximas semanas para acompanhar a produtividade obtida nas plantações. A colheita começa no final de maio.
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