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Economia
Quarta - 14 de Março de 2007 às 08:29
Por: Débora Siqueira

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A queda de R$ 0,01 no litro da gasolina na comparação com o mês passado e o efeito cascata das liminares do Ministério Público Estadual determinando 20% de margem dos postos na revenda de álcool hidratado em 20 postos de combustíveis, reduzindo o preço médio praticado em 13,34% de janeiro a março favorecem o abastecimento a álcool nos carros bicombustíveis. Mato Grosso está entre as 16 unidades da federação em que a diferença no preço do álcool em relação a gasolina é menor que 70%, como orienta os fabricantes para tornar viável encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar.

Em Mato Grosso, o percentual de 53% é o menor registrado atualmente no Brasil, mesmo mantendo o maior valor de bomba da gasolina do país em R$ 2,92, neste mês de março. As informações são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). O preço médio do litro do álcool no Estado de R$ 1,56 é o terceiro menor do país. No mesmo período do ano passado, o cenário era diferente, já que o litro ao consumidor final atingiu R$ 2,33, um dos mais altos do país na época, inviabilizando o abastecimento do produto em carros flex fuel (bicombustíveis).

Alheio às ações impetradas pelo Ministério Público Estadual contra 20 postos de combustíveis por prática de preços abusivos ao consumidor, o microempreário Aldeir Alves baseia-se na discrepância de R$ 2,92 no preço de bomba da gasolina e R$ 1,44 do álcool hidratado abastecer, sem mesmo fazer o cálculo da viabilidade entre os combustíveis.

"A economia é visível, compensa mesmo que o álcool não tenha o mesmo desempenho da gasolina em litro por quilômetros". Para Alves continuar sendo fiel ao combustível renovável, ele afirma que o preço não deve ultrapassar R$ 1,60.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo), Fernando Chaparro, argumenta que os preços baixos do álcool são consequência, sobretudo, ao cumprimento das medidas judiciais, o que acabou provocando uma "guerra de preços" entre os postos processados e os que não foram acionados pela Justiça.





Fonte: Gazeta Digital

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