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Cidades/Geral
Quarta - 14 de Março de 2007 às 07:35

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O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) abriu “guerra” contra o superintendente de Gestão do Hospital Municipal e Pronto Socorro de Cuiabá, José Euclides dos Santos Filho. A entidade denunciou o que classificou como "alguns fatos considerados graves" que acontecem no âmbito da direção administrativa da unidade hospitalar. Dentre os quais, segundo consta de documentos enviados a vários órgãos e segmentos que atuam no setor, o uso político da instituição por Santos Filho. Eles também reclamam da alta rotatividade de médicos no pronto-atendimento.

A categoria se encontra em greve e revoltada com as atitudes do dirigente Santos Filho. Os fatos que foram denunciados pelo próprio corpo clínico da instituição, inconformado com a falta de relacionamento harmônico e com o que vem acontecendo com os profissionais, bem como o conseqüente prejuízo causado à população. As denúncias foram inseridas em um documento entregue ao Conselho Regional de Medicina, Sindicato dos Médicos, Ouvidoria de Saúde do Município, secretário Municipal de Saúde, Ministério Público e ao próprio prefeito Wilson Santos.

O objetivo era prevenir conseqüências mais graves, como as demissões que estão ocorrendo atualmente. A última a da gerente da Pediatria ,.Célia Regina de Faria Moreira Teixeira. O corpo clínico dos médicos também solicitou ao prefeito uma reunião, para inteirá-lo dos fatos, mas que até hoje não foi agendada.

Os médicos acusam Euclides dos Santos de divulgar informações inverídicas, como a de que 50% dos médicos não cumprem suas atribuições, querendo com isso prejudicar publicamente a imagem dos profissionais. “O corpo clínico considera isso um absurdo, lembrando que, se de fato metade dos médicos não cumprissem com suas responsabilidades, o hospital não seria capaz de realizar a média de atendimento de 20 mil usuários por mês e ser referência no Estado” - destaca.

A falta de médicos, segundo o documento, revela que “não se trata de faltas ao serviço de profissionais e sim de falta de profissionais para o serviço”. Recentemente 10 pediatras e seis clínicos solicitaram emissão somente neste início de ano. “E o fizeram por não suportar mais as precaríssimas condições de trabalho, o difícil relacionamento com o superintendente de Gestão e assessores políticos por ele contratados, além, evidentemente, da péssima remuneração – diz a nota do Sindimed. O resultado foram plantões sem a quantidade necessária de médicos, como no sábado, dia 2, quando o HPSMC ficou sem nenhum pediatra durante 24 horas no pronto-atendimento”.

O superintendente geral e a diretora clínica do HPSMC encaminharam ao Conselho Regional de Medicina um documento onde relatam a grave rotatividade de profissionais no pronto-atendimento. No texto, afirmam que não poderão se responsabilizar por óbitos e condutas médicas ocorridas devido à contratação de médicos sem análise de perfil, em função da urgência de substituir os médicos que pediram demissão porque o HPSMC não pode parar.





Fonte: 24Horas News

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