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Agronegócios
Quarta - 03 de Abril de 2013 às 23:17

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Os preços da soja voltaram a desabar na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (3) e fecharam com mais de 10 pontos nas posições mais negociadas. Segundo analistas, as cotações alcançaram nesta sessão os menores valores em 12 semanas, registrando o menor patamar desde o início de janeiro. 

O mercado ainda sente o impacto dos últimos números divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que trouxeram os estoques de soja maiores do que as expectativas. Além disso, há ainda a entrada da safra brasileira no mercado, apesar da lentidão em função da logística ineficiente que causa atraso dos embarques.

Outro fator que pesa sobre os preços na sessão desta quarta-feira é a notícia de gripe aviária na China. Uma possível epidemia de um novo tipo de gripe aviária assusta a população chinesa e a doença já causou uma morte. Frente a isso, o temor é de que a nação asiática possa reduzir seu consumo de proteína animal. A notícia espanta o mercado e estimula os movimentos de venda por parte dos investidores, pressionando as cotações em Chicago.

"A venda na soja Chicago é forte e, bem provavelmente, exagerada. Mas, até que o mercado se acalme, os preços estão suscetíveis, de olho nos níveis técnicos", diz Pedro Dejneka, analista de mercado da PHDerivativos. Dejneka diz ainda que com o feriado que há na China nessa semana, os participantes do mercado reduzem ainda mais sua aversão ao risco.

Análise Técnica - Segundo Antonio Domiciano, gestor da SmartQuant Investimentos, tecnicamente a soja já perdeu o suporte dos US$ 14 e abaixo disso a tendência é de que os preços caiam ainda mais. No entanto, o que tira um direcionamento mais definido do mercado é uma "briga" entre compradores e vendedores para confirmar a perda desse patamar. "Uma vez confirmada essa perda, projetam-se novas perdas", afirma Domiciano.

Frente a esse cenário técnico, a atenção se volta para essas novas perspectivas de queda para a soja de aproximadamente 5 a 8% nas próximas. Por outro lado, caso a oleaginosa consiga voltar a trabalhar acima dos US$ 14, a tendência é de que o mercado suba novamente. "Nesse momento, há um processo de definição para iniciar um processo de queda", afirma o gestor em sua análise técnica sobre o mercado.

Por outro lado, analistas afirmam ainda que os fundamentos do mercado de soja permanecem os mesmos e positivos. A demanda mundial é muito grande e a oferta, apesar dos grandes números reportados pelo USDA, ainda se mostra muito apertada, quadro que poderia voltar ao foco e conferir suporte aos preços.






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