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Internacional
Terça - 13 de Março de 2007 às 20:13

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Os adversários democratas do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, exigiram explicações nesta terça-feira sobre a independência do Departamento de Justiça dos EUA, que está sendo questionada após o afastamento de vários funcionários e promotores em casos politicamente sensíveis.

"O presidente deve explicar seu papel em todo este episódio", afirmou hoje o senador Charles Schumer, um dos líderes da maioria democrata no Senado, em referência a uma reportagem publicada no jornal "New York Times" (NYT). Segundo o diário, a idéia de destituir vários advogados e promotores saiu da Casa Branca em 2005 e foi estimulada pelo próprio presidente Bush, com motivações políticas.

"Em outubro último, Bush falou com chefe do Departamento de Justiça, Alberto Gonzales, para responder às preocupações de alguns republicanos que estimavam que alguns funcionários não eram demasiados ativos" em investigações políticas, informou o "NYT"

O caso já provocou a renúncia do chefe de gabinete de Alberto Gonzales, Kyle Sampson, que é suspeito de envolvimento no escândalo. Schumer defende, agora, a saída do próprio Gonzales, um dos mais fiéis seguidores do presidente.

"Agora temos prova direta de que Gonzales levava à prática a vontade política do presidente, ao menos no que concerne a alguns deles [funcionários demitidos]", disse o senador.

O caso, que vem sendo alvo de especulações e suspeitas há semanas, diz respeito à demissão de oito funcionários da Justiça em 2006 em plena campanha para as eleições legislativas de novembro--que deram o controle do Congresso americano à oposição democrata.

Alguns destes funcionários estavam envolvidos em investigações politicamente sensíveis, e quatro deles foram ao Congresso na última semana para testemunhar sobre as pressões que sofreram.

Defesa

Vários funcionários que foram demitidos afirmaram ao Congresso que estavam sendo pressionados para resolver mais rapidamente investigações sobre fraudes no registro de eleitores americanos.

Após haver repetido que as demissões não têm nenhuma motivação política e que, de toda forma, os funcionários federais estavam "ao serviço do presidente", Alberto Gonzales adotou um tom mais conciliador e se comprometeu a dar explicações ao Congresso --sem marcar uma data.

Nesta terça-feira, ele afirmou que "erros foram cometidos" na demissão dois oito funcionários. Gonzales disse que vai apurar as responsabilidades e que ele não acompanha pessoalmente todas as decisões tomadas no departamento.

Apesar dos pedidos para sua renúncia, Gonzales afirmou que não deixará o cargo.





Fonte: Folha Online

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