São Paulo vê disputa interna como trunfo para eficiência de reservas
O time do Morumbi mostra nesta temporada a força de seu "banco". Dos 30 gols marcados pelo time paulista neste ano, 13 --aproximadamente 43%-- foram marcados por jogadores que, por opções técnicas, não iniciaram o clássico do último domingo contra o Santos.
Atletas como os meio-campistas Hugo, com cinco tentos, Lenílson, com quatro, e o lateral-esquerdo Júnior, com dois, foram apenas opções do técnico Muricy Ramalho no final de semana --deles, apenas Hugo entrou no decorrer da partida. Os atacantes Borges e Marcel, com um gol cada, completam os jogadores considerados reservas que marcaram pelo time.
Mas o "elenco forte", tão pedido por treinadores e torcedores em virtude da longa temporada e possíveis desfalques por contusão, suspensão ou convocação para seleções nacionais, chegou a criar um mal-estar na equipe.
Júnior, titular quase intocável nos últimos anos, perdeu a posição para Jadílson e esboçou reclamações. Mas a atitude vai de encontro ao que pensa o técnico Muricy Ramalho, que exalta as disputas e usa o próprio Júnior como exemplo.
"Aqui não temos titulares, está tudo aberto. Joga quem estiver bem. Tem que ser assim, um ambiente de competição, se não o jogador se acomoda. O cara tem que trabalhar duro todo dia", afirmou o treinador.
"O Júnior vinha de três jogos seguidos e o Santos estava com gás para o jogo de domingo. Tínhamos que olhar para o aspecto físico", afirmou, ao explicar a opção por Jadílson no clássico do último domingo, contra o Santos.
No treinamento de hoje Muricy não contou com André Dias, Fredson, Jorge Wagner e Aloísio, contundidos. Esse tipo de problema endossa o coro do treinador para o forte grupo.
"Não vou mais reclamar disso [contusões e excesso de jogos], se não passo por chato. Mas a melhor solução para essa situação é ter um bom elenco", finalizou.
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